O Papa Francisco deu continuidade ao ciclo de catequese sobre oração, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, nesta quarta-feira (13). O tema da meditação foi “A oração do louvor”. O Santo Padre comenta que após os primeiros milagres e o envolvimento dos discípulos na proclamação do Reino de Deus, João Batista sentiu dúvidas. João estava na prisão e é questionado “Você é quem deve vir ou temos que esperar por outro?” (Mt 11,3). Com isso, ele sente angústia e dúvida se cometeu um erro no anúncio. “Há sempre momentos sombrios na vida, momentos espirituais da noite, e João está passando por esse momento”, destaca o Pontífice. O Papa cita que “Jesus não levanta ao Pai um lamento, mas uma ode de júbilo: ‘Eu louvo você, Pai, Senhor do céu e da terra porque você escondeu essas coisas dos estudiosos e as aprendeu e as revelou aos pequenos’”(Mt 11:25). Em meio a crise, Jesus louva a Deus. O Santo Padre explica que, em primeiro lugar, Ele louva a Deus pelo o que ele é. “Jesus se alegra em seu espírito porque ele sabe e sente que seu Pai é o Deus do universo, e vice-versa o Senhor de tudo o que existe é o Pai, ‘meu Pai’”. O Papa fala também que Jesus elogia o Pai porque Ele prefere os pequenos. O Pontífice evidencia que os estudiosos da época permanecem desconfiados, mas os “pequeninos” se abrem e acolhem o Evangelho. O Papa diz que ele se alegra quando vê pessoas humildes em peregrinação que vão orar, cantar e louvar a Deus.
“No futuro do mundo e nas esperanças da Igreja há sempre os ‘pequenos’: aqueles que não se consideram melhores do que os outros, que estão cientes de seus limites e pecados, que não querem dominar os outros, que, em Deus, o Pai, todos se reconhecem como irmãos e irmãs“
Papa Francisco
Dessa forma, em momentos de dificuldade e fracasso, Jesus continua louvando ao Pai. O Papa questiona quem precisa de elogios. Ele cita: “Você não precisa de nosso louvor, mas para um presente de seu amor nos chame para lhe agradecer; nossas bênçãos não aumentam sua grandeza, mas obtêm a graça que nos salva”(Roman Missal,Common Preface IV). O Santo Padre indica, que em momentos de alegria e de dificuldade, louvar a Deus. “Porque aprendemos que através dessa subida, aquele caminho difícil, aquele caminho extenuante, aquelas passagens desafiadoras você começa a ver um novo panorama, um horizonte mais aberto”. O Pontífice cita também São Francisco de Assis que em períodos sombrios, louvava a Deus. O Papa afirma que os exemplos de santos e de Jesus impulsionam os fiéis a sempre louvar a Deus em tempos difíceis, pois o louvor sempre purifica.
“Esta é a base do louvor: Deus é o amigo fiel, e seu amor nunca falha. Ele está sempre ao nosso lado, ele sempre nos espera”. O Santo Padre finaliza orientando a todos a seguirem firmes e sempre ter coragem de dizer: “Abençoado é você, Ó Senhor!”.
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