“Queridas famílias cristãs, anunciai com alegria ao mundo inteiro o tesouro maravilhoso de que sois portadoras enquanto igrejas domésticas!” (Discurso no IV Encontro Mundial das Famílias, 2003)
Nascimento
São João Paulo II, conhecido com o nome de batismo de Karol Józef Wojtyła, nasceu em 18 de maio de 1920, em Wadowice, na Polônia, sendo o filho mais novo de uma família de três irmãos. Sua mãe, Emília, enfrentou riscos durante a gravidez, e os médicos a aconselharam a interrompê-la devido ao perigo. No entanto, ela optou por dar à luz, que mais tarde se tornaria um defensor proeminente da família e da vida. Seu pai, Karol Wojtyla, era muito religioso e foi um dos maiores exemplos de vida religiosa a João Paulo II.
São João Paulo II, um dos Papas mais amados da história da Igreja Católica, deixou um legado que transcendeu fronteiras e religiões. Sua vida é um testemunho inspirador de fé, coragem e amor incondicional.
Amor à vida
Sua mãe Emília, devido os riscos da gravidez de Karol, poderia ter interrompido a sua vida a pedido médico, mas disse sim à vida. Com o passar dos anos, Wottyla foi vivenciado e se tornando um dos maiores defensores da vida. Ele viu muitos horrores da guerra e destruição da sua amada Polônia, por isso, se tornou um patriota.
Sacerdócio
Durante a ocupação nazista, Karol Wojtyła se pôs a caminho do sacerdócio. De forma clandestina, em 1942, ele ingressou no seminário, onde teve aulas secretas na residência do arcebispo de Cracóvia. Quatro anos depois, em 1º de novembro de 1946, Karol Wojtyła foi ordenado padre pelo cardeal Adam Sapieha. Durante os doze anos seguintes, ele equilibrou sua vida sacerdotal com estudos, obtendo uma licenciatura em teologia e ética social, além de desempenhar suas funções como vigário em algumas paróquias de Cracóvia.
Doze anos após sua ordenação, em 1958, Wojtyła foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia e bispo titular de Ombi. Em 1964, ele foi elevado à posição de Arcebispo da Cracóvia, onde continuou a influenciar profundamente a vida religiosa e social da região. Três anos mais tarde, em 1967, Karol Wojtyła se tornou cardeal, nomeado pelo Papa Paulo VI, e sua trajetória na Igreja Católica começava a alcançar proporções globais.
Papa
Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978, no conclave que sucedeu a morte do Papa João Paulo I. Era a primeira vez, em cerca de 450, que era eleito um Papa não italiano. Escolheu o nome João Paulo II e implantou em seu papado os valores que tinha aprendido ao longo da vida no anúncio do Evangelho de Cristo.
“Totus Tuus”
Com o lema “Totus tuus”, “todo teu, Maria”, declarou seu amor e total devoção a Virgem Maria, particularmente a Nossa Senhora de Częstochowa, padroeira da Polônia. E foi a Virgem Maria que o Papa atribuiu a sobrevivência ao atentado que sofreu em 13 de maio de 1981. João Paulo II criou as Jornadas Mundiais da Juventude, escreveu 14 encíclicas, organizou 15 assembleias do Sínodo dos Bispos, nomeou 231 cardeais, beatificou 1338 pessoas e canonizou 482 santos. Mas foi além das palavras e demonstrou sua santidade, mesmo nos momentos de dor.
Características e devoção
- Fé Inabalável: São João Paulo II enfrentou desafios desde jovem, vivendo sob regimes totalitários na Polônia. Sua fé inabalável em Deus o sustentou e o guiou ao longo de toda a sua vida. Ele nos ensina que, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, a fé pode nos dar força e esperança.
- Amor pelos Jovens: Ele era conhecido como “o Papa dos jovens”. São João Paulo II dedicou uma parte significativa de seu pontificado a se conectar com os jovens ao redor do mundo. Ele compreendia a importância de guiar a próxima geração e inspirá-los a viver uma vida de virtude e propósito.
- Compromisso com a Paz e a Justiça: João Paulo II foi um incansável defensor da paz e da justiça em um mundo marcado por conflitos e desigualdades. Sua voz corajosa ecoou em prol dos direitos humanos e da dignidade de todas as pessoas.
- Maria, Mãe de Deus: O Papa polonês tinha uma devoção especial à Virgem Maria. Ele via Maria como uma guia e intercessora constante em sua jornada espiritual. Ele nos ensina que a devoção a Maria pode nos aproximar mais de Deus e nos encher de graça.
- Perdão e Misericórdia: Em 1981, São João Paulo II sobreviveu a um atentado e, surpreendentemente, perdoou seu agressor. Sua resposta ao mal com amor e misericórdia é um testemunho poderoso do ensinamento de Jesus sobre o perdão.
- Santidade ao Alcance de Todos: Ele nos lembrava que a santidade não é um chamado exclusivo para poucos, mas um caminho acessível a todos. Através de uma vida de oração, serviço e amor ao próximo, podemos nos aproximar de Deus e trilhar o caminho da santidade.
São João Paulo II, agora um santo da Igreja Católica, continua a inspirar as pessoas em todo o mundo. Seu legado é um lembrete constante de que, independentemente das circunstâncias, podemos encontrar força na fé, amor no serviço aos outros e esperança na busca da santidade. Que seu exemplo continue a nos guiar e inspirar nossa caminhada na Igreja.
Oração a São João Paulo II
“Nosso santo Papa da Juventude, suscitai novos pastores de jovens e dai a eles o mesmo amor que tiveste. Conduzi teus filhos queridos para que encontrem e realizem sua própria vocação em cada estado de vida. Amém!”