Neste dia da Festa da Apresentação do Senhor e da Vida Consagrada, o Papa Francisco refletiu durante a Santa Missa se inspirando no Evangelho do dia, nos dois anciãos Simeão e Ana, principalmente em três verbos que acompanham a narração: mover, ver e acolher.

“A vida consagrada, caminhando juntos” é o lema deste ano, cuja missa foi celebrada pelo Papa Francisco às 13h30 (no horário de Brasília) na basílica de São Pedro.

A Santa Missa contou com a presença do Cardeal João Braz de Aviz e Dom José Rodríguez Carballo, prefeito e secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada.

A homilia do Santo Padre Papa Francisco foi um pedido de encorajamento a renovar o entusiasmo da consagração.

Deixamo-nos mover pelo Espírito?

Em primeiro lugar, Simeão é movido pelo Espírito.

“Isto é o que faz o Espírito Santo”, explicou Francisco: torna-nos capazes de vislumbrar a presença de Deus e a sua obra, não nas grandes coisas, mas na pequenez e na fragilidade.

Francisco advertiu para o risco de pensar na consagração em termos de resultados, metas, sucesso, à procura de espaços, de visibilidade, de números.

O Papa chamou a atenção também para a repetição mecânica – fazer as coisas por hábito. O convite então é para verificar as motivações interiores, “porque a renovação da vida consagrada passa primariamente por aqui”.

Festa de Nossa Senhora da Luz e Dia da Vida Consagrada

Que visão temos da vida consagrada?

A renovação passa também pelos olhos, como aconteceu com Simeão, que viu a salvação ao pegar o Menino nos braços.

Eis o grande milagre da fé, prosseguiu o Papa: abre os olhos, transforma o olhar, muda a perspectiva.

“Abramos os olhos: através das crises, dos números que faltam, das forças que esmorecem, o Espírito convida-nos a renovar a nossa vida e as nossas comunidades.”

Acolhemos Jesus nos braços?

Por fim, o terceiro verbo: acolher. Simeão acolhe Jesus nos braços e pronuncia palavras de louvor. “Deus colocou o seu Filho nos nossos braços, porque o essencial, o centro da fé é acolher Jesus”, disse o Papa.

Se aos consagrados faltam palavras que bendizem Deus e os outros, se falta a alegria, se esmorece o entusiasmo, se a vida fraterna é apenas fadiga, é porque os seus braços já não estreitam Jesus.

O Papa concluiu com palavras de encorajamento para renovar a consagração.

“Mesmo que experimentemos fadiga, cansaço e frustrações, façamos como Simeão e Ana, que esperam com paciência na fidelidade do Senhor e não se deixam roubar a alegria do encontro com Ele. Coloquemo-Lo no centro e continuemos para diante com alegria.”

Fonte e imagens: Vatican News