Quando você deixa Jesus entrar no seu coração e transformá-lo,
a Quaresma passa a adquirir um significado totalmente novo.

Muitos de nós conhecemos o versículo: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (João 3,30). Em outras palavras, devemos estar dispostos a deixar nossos desejos e planos para permitir que Ele renove nossas almas. Lembro-me quando o padre da minha paróquia questionou: “O que em mim deve morrer para que Ele possa viver no meu coração? O que eu devo mudar para me aproximar mais de Jesus?“.

É sobre isso que é a quaresma.

Não é desistir de doces por 40 dias que vai nos levar ao céu, mas sim nos libertamos de nossos erros para que possamos ser preenchidos por Seu espírito e tornar-nos mais como Ele. As mortificações (“pequenas mortes”) que fazemos são maneiras de nos libertarmos do nosso apego a este mundo e das nossas vontades. Assim como Jesus foi tentado pelo Diabo por 40 dias, nós também devemos passar pelas tentações deste período como uma forma de transformação, pedindo sempre que Jesus nos ajude a vivê-lo bem. É na quaresma que sofreremos uma “morte espiritual” para que, na Páscoa, possamos ressuscitar com Ele.


O que podemos fazer morrer em nós nesta Quaresma?

Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo:

1. Quaresma não é tempo de dieta

Conheço muitas pessoas que deixam de comer doces ou tomar café na Quaresma. Alguns vícios fazem com que a falta de determinados alimentos sejam verdadeiras mortificações. Nesse caso, fazer sacrifício de alguma comida que gostamos muito é realmente recomendável. No entanto, em outros casos, é importante olhar para o que você realmente está adorando aqui: Deus ou seu corpo? Será que o alimento que você está jejuando realmente vai te colocar em um vazio que você pode preencher com Jesus ou é apenas um período de tempo conveniente, mas não tão sagrado?


2. Você pode adicionar algo

A pergunta que costumamos ouvir é: “O que você está fazendo de sacrifício nesta Quaresma?” Mas, acredite ou não, sacrifício não é necessariamente um jejum. Podemos fazer de penitência uma oração adicional ou até mesmo comparecer à missa diária. O “sacrifício” que nos pede este período é sermos desafiados espiritualmente.

3. Jejue E adicione algo

A primeira vez que eu já ouvi essa ideia estava na faculdade e, honestamente, isso faz mais sentido para mim. Quantos de nós reclamamos que não temos tempo para rezar? Na verdade, a maior questão é: Por que estamos tratando Jesus como se Ele fosse um item da nossa lista de tarefas? Ei, eu também sou culpada, infelizmente. Por exemplo, você pode se sacrificar deixando de assistir uma novela ou jornal. Ou, ouso dizer, desista de Netflix para passar um tempo em oração. Ou ainda substitua um mau hábito por algo espiritual. Que tal parar de acessar as redes sociais tantas vezes ao dia?


4. Caridade

Eu vi um comercial recentemente me lembrando que apenas porque a “época de Natal” acabou, não significa que devemos parar de ajudar os outros. Isso pode parecer óbvio, mas é muito fácil nos esquecermos dos outros e nos focarmos em nós mesmos, especialmente neste começo de ano que tentamos colocar tudo no lugar e voltar à rotina. No entanto, ser altruísta é uma ótima maneira de nos esvaziarmos de nós por amor a Cristo.


5. Leitura Espiritual

Faça uma leitura espiritual, um trecho por dia, e anote pensamentos e inspirações em um caderno. Sugestões de livros:

  • Diário de Santa Faustina [edição da equipe de redação]
  • Filoteia ou Introdução à Vida Devota, de São Francisco de Sales
  • História de uma alma, de Santa Teresinha do Menino Jesus
  • Meditações para a Quaresma, de Santo Tomás de Aquino
  • A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Anne Catherine Emmerich
  • Via Sacra

6. Faça meditações diárias

Um site muito interessante é o “Falar com Deus”, que apresenta meditações diárias de acordo com a liturgia do dia.


7. Faça um retiro

Pode ser de um grupo da sua cidade ou online.


8. Interceda

Que tal escrever quarenta nomes de amigos e cada dia da quaresma oferecer orações e mortificações por cada um deles?

Traduzido e adaptado do original, de Lexie Metzler
Fonte: Modéstia e Pudor