“Que ele possa agradar-vos como o Filho, que triunfou da morte e vence o mal: Deus, que a todos acende o seu brilho, e um dia voltará, sol triunfal” (Precônio Pascal,MR, p.276)
Segundo a Tradição da Igreja, que remonta aos seus primórdios, esta noite da vigília do sábado para o domingo, deve ser comemorada em honra do Senhor¹, e a Vigília que nela se celebra, em memória da Noite Santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada “a mãe de todas as santas Vigílias” (Sto. Agostinho). Nela a Igreja se mantém vigilante esperando a Ressurreição do Senhor e celebra esta mesma vigília com os Sacramentos da Iniciação Cristã² – o Batismo, a confirmação e a Eucaristia. Essa Vigília é o cume do Ano Litúrgico!
Nesta noite celebra-se a vitória definitiva de Cristo sobre a morte e o pecado. Quando tudo parecia perdido e acabado (Lc 24,18ss), Jesus Cristo ressuscita e, como luz do mundo vence as trevas do pecado, da injustiça e da discórdia e reúne novamente o seu povo para o Pai de Amor.
Somos convidados a ser nova humanidade deixando para trás o homem pecador e afastado de Deus que mora em nós. Celebrar a Vigília Pascal é ter a certeza de que um novo tempo se descortina na vida do cristão renovado. É ter a certeza de que as forças negativas desse mundo não têm a última e definitiva palavra, mas sim o nosso Deus misericordioso e ressuscitado.
Nota:
1. MR, p.270; Cerimonial dos Bispos, 332; CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO, Carta Circular sobre a preparação e celebração das festas pascais, 77.
2. Cerimonial dos Bispos, 332.
Fonte: Arquidiocese de Fortaleza – Pequeno Manual para a Semana Santa