Aconteceu neste domingo, dia 07 de abril, no Santuário da Divina Misericórdia, o 22º Seminário da Pastoral do Dízimo.

Aproximadamente 200 pessoas, entre lideranças, sacerdotes, coordenadores e agentes pastorais do Dízimo de diversas comunidades, participaram e tiveram um aprofundamento sobre esse compromisso de fé para com a evangelização da Igreja.

O encontro foi promovido pela Arquidiocese de Curitiba e trouxe como tema: “O Dízimo como sustentação das comunidades”. Este tema foi desenvolvido pelo Padre Cristovam Iubel, da Diocese de Guarapuava-PR, e liberado para atuar na Pastoral do Dízimo, da Igreja no Brasil.

Em entrevista para a Comunicação do Santuário da Divina Misericórdia, o Padre Iubel afirmou que este Seminário reforça para as comunidades que “do pouco se faz muito, quando se faz junto. E para a estrutura pastoral que a Arquidiocese tem este encontro demonstra importância da participação de todos”.

Em sua palestra o Padre Iubel pontuou os cinco fundamentos do Dízimo no Brasil, que foram sintetizados pelo Padre durante a entrevista:

  • 1° Expressão de Fé: Porque eu creio, porque eu vivo a minha fé me torno dizimista;
  • 2º Escolha: Devo ser dizimista por escolha minha. Não existe uma obrigatoriedade. Quem é dizimista é porque deu o seu sim à comunidade e está contribuindo;
  • 3º Quanto contribuir: Cada um deve oferecer aquilo que considera importante em sua vida. Cada um deve refletir: “essa quantia é importante para mim e é isso o que eu vou partilhar”;
  • 4º Fidelidade ou estabilidade: Se eu assumo um compromisso livremente eu não vou deixar de cumprir, se não a minha comunidade vai sofrer, vai fazer falta para a evangelização. A fidelidade é no sentido de que eu não vou relaxar. Ninguém precisará me cobrar, eu sei mensalmente vou contribuir;
  • 5º Periodicidade: A nossa sociedade vive num ritmo mensal, então o dízimo deve ser mensal. Pois, como toda família, a comunidade tem contas a pagar, investimentos a fazer na evangelização, então não temos como receber o dízimo a cada meio ano, assim não conseguiríamos sustentar as comunidades.

“Esses cinco fundamentos são essenciais para que o dízimo dê certo, não seja só arrecadação de dinheiro, mas seja de fato uma maneira de formar comunidade evangelizadora, onde todos assumem compromisso juntos, em regime de corresponsabilidade”, esclarece o Padre.

Também esteve presente no Seminário, o bispo-auxiliar da Arquidiocese de Curitiba, Dom Amilton Manoel, cp. Segundo ele a consciência do dízimo ainda não é grande, “muitas vezes ela é mal interpretada, como se fosse apenas uma igreja que pede dinheiro, quando o dízimo é bíblico e está por excelência na linha da evangelização”.

Dom Manoel também explicou como o dízimo é necessário para as comunidades:

“Sem o dízimo a evangelização fica manca. Nós precisamos do dízimo para a manutenção do templo, dos seus pastores, da formação, da dimensão missionária, num investimento litúrgico. A consciência do dízimo é a consciência da gratuidade. É a consciência de dar aquilo que tenho, não que me sobra, é um jeito de ter gratidão a Deus por tudo o que Ele nos dá.”

Finalizando, o bispo reforçou a relevância do encontro: “É importante este seminário, porque cria mais conscientização, através da formação, das partilhas e experiências, e assim cresce a consciência e aumenta o dízimo como algo salutar. Assim, temos uma Igreja muito mais evangelizadora”.