Antes da oração do Ângelus deste domingo (12/02), o Papa Francisco falou sobre os mandamentos. Logo, ele afirmou:
“Os mandamentos que Deus nos deu não devem ser encerrados nos cofres asfixiantes da observância formal. Caso contrário, permanecemos em uma religiosidade externa e desapegada, servos de um ‘deus-patrão’ e não filhos de Deus Pai”.
A vivência dos mandamentos
O Papa fez sua reflexão a partir do Evangelho deste VI Domingo do Tempo Comum (Mateus 5,17-37), que a Igreja vive neste dia. Sendo assim, leu o trecho onde Jesus falou: “Não penseis que vim para abolir a Lei ou os Profetas; não vim revogá-la, mas completá-la”. Então explicou que a palavra-chave para entender Jesus e sua mensagem hoje, é “completar”. E perguntou “o que isso significa?”
Em seguida, explicou: “o Senhor começa por dizer o que não é completar”. Afinal, segundo o Papa, o mandamento diz “’não matarás’, mas para Jesus isto não é suficiente, se depois se fere os irmãos com as palavras; a Escritura diz ‘não cometerás adultério’, mas isto não é suficiente se alguém viver um amor manchado pela duplicidade e falsidade; a Escritura diz ‘não darás falso testemunho’, mas não é suficiente fazer um juramento solene se alguém agir com hipocrisia. Assim, não é completar”.
E continuou: “Jesus nos faz compreender que as normas religiosas são úteis, são boas, mas são apenas o início: para as completar, é necessário ir além da letra e viver o seu significado”.
O Papa ainda destacou que “Jesus confiou-nos o mandamento que lhe é mais querido: que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou (cf. Jo 15, 12). Este é o amor que completa a Lei, a fé, a vida verdadeira!”
E questionou: “Como vivo a fé? É uma questão de cálculos, de formalismos, ou é uma história de amor com Deus? Contento-me apenas em não fazer mal, em manter ‘a fachada’, ou procuro crescer no amor a Deus e ao próximo? E, de vez em quando, verifico-me sobre o grande mandamento de Jesus, pergunto a mim mesmo se amo o meu próximo como Ele me ama?”
Logo, o Papa concluiu dizendo: “Que Maria, a qual observou perfeitamente a Palavra de Deus, nos ajude a cumprir a nossa fé e a nossa caridade”.
