A oração ao nosso Anjo da Guarda é uma das primeiras orações em que nossos pais e avós nos ensinam, não é mesmo? Quem é que não se lembra com carinho do seu anjo! Aliás, você já falou com ele hoje? Vamos contar a vocês sobre essa devoção! Você sabia que Santa Faustina tinha um carinho especial aos Anjos, principalmente por São Miguel Arcanjo.
História
Em 1670, o Papa Clemente X estabeleceu o dia 2 de outubro como a memória litúrgica dos Santos Anjos, marcando um momento significativo na devoção católica a essas entidades celestiais. A palavra “anjo” evoca seres celestiais próximos a Deus, mencionados frequentemente na Bíblia, com destaque para as 175 referências no Novo Testamento e mais de 300 no Antigo. As Escrituras também detalham a hierarquia dos anjos, dividindo-os em nove ordens: Querubins, Serafins, Tronos, Dominações, Poderes, Virtudes Celestes, Principados, Arcanjos e Anjos. São seres puros, dotados de inteligência e vontade, frequentemente descritos como mensageiros ou intérpretes das ordens divinas, aparecendo em momentos cruciais da história da salvação.
A principal função dos Anjos da Guarda, de acordo com a Sagrada Escritura, é acompanhar os seres humanos em sua jornada pelo caminho do bem e apresentar suas orações e sacrifícios a Deus. No momento do Batismo, cada cristão recebe o presente divino de um Anjo da Guarda, uma presença invisível, mas real, que o guiará durante toda a sua vida, tornando-se um companheiro de viagem espiritual.
Na espiritualidade católica, a crença nos Santos Anjos da Guarda é profundamente enriquecedora. Esses seres celestiais são vistos como mensageiros e protetores divinos, encarregados de cuidar e orientar os fiéis em sua jornada terrena. Essa devoção tem raízes nos primórdios do cristianismo e continua a desempenhar um papel vital na vida espiritual dos católicos ao redor do mundo.
A crença nos anjos da guarda se fundamenta em passagens bíblicas que mencionam anjos enviados por Deus para proteger e assistir os seres humanos, como é evidenciado no Salmo 91, que afirma que Deus dará ordens aos seus anjos para proteger as pessoas em todos os seus caminhos. Essa passagem reflete a ideia de que cada indivíduo é designado a um anjo que o guarda e orienta em sua vida.
Os Anjos no Diário de Santa Faustina
No contexto da vida de Santa Faustina Kowalska, uma mística do século XX, a devoção aos Santos Anjos era uma parte essencial de sua espiritualidade. Ela nutria uma devoção especial a São Miguel Arcanjo, admirando suas virtudes e compreendendo que ele tomou decisões solitárias ao enfrentar a prova dos Anjos. Santa Faustina via em São Miguel um exemplo de obediência aos desejos de Deus.
Santa Faustina também experimentou a presença e assistência dos Santos Anjos em sua própria vida. Ela tinha uma devoção pessoal a São Miguel Arcanjo, e acredita-se que Deus tenha pedido a São Miguel que cuidasse dela de forma especial. Essa assistência angelical era uma fonte de conforto e proteção para Santa Faustina, especialmente em face da oposição dos anjos caídos.
A relação entre os Santos Anjos e a Divina Misericórdia era uma parte central da mensagem de Santa Faustina. Ela enfatizava a importância da misericórdia de Deus em sua espiritualidade e a via como uma característica distintiva de Sua ação divina. Santa Faustina acreditava que tudo o que existe, incluindo os Anjos, foi criado pela Misericórdia Divina. Ela expressou isso em suas palavras, afirmando que “Todos os Anjos e homens saíram das entranhas da Vossa Misericórdia”. Para Santa Faustina, os Anjos eram reflexos da misericórdia e do amor de Deus.
A devoção de Santa Faustina à Divina Misericórdia também a levou a confiar nos Anjos, reconhecendo que eles são parte da maravilhosa e poderosa misericórdia de Deus. Ela convidava os fiéis a cantar na ladainha da Divina Misericórdia, expressando sua confiança na misericórdia divina, que é insondável para a mente humana e angelical.
Oração do Santo Anjo
“Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém!”
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