O Santo Padre publicou uma mensagem aos comunicadores e jornalistas, por conta do 55° Dia Mundial das Comunicações Sociais, no último sábado (23). O tema foi: “’Vem e verás’ (Jo 1: 46). Comunicar encontrando as pessoas onde estão e como são”. O Pontífice fala que o convite de ir e ver, que caracteriza os primeiros encontros de Jesus com os discípulos, também é o método de toda comunicação humana autêntica. O Papa afirma que para contar a verdade da vida é necessário sair do comodismo e “ir e ver”, estar com as pessoas e ouvir sugestões de mudança. “Por isso, este ano, desejo dedicar a Mensagem à chamada a ‘ir e ver’, como sugestão para toda a expressão comunicativa que queira ser transparente e honesta: tanto na redação do jornal como no mundo da web, tanto na pregação comum da Igreja como na comunicação política ou social”, destaca o Santo Padre.
“Abre, maravilhado, os olhos aos que vires e deixa as tuas mãos cumular-se do vigor da seiva, de tal modo que os outros podem, ao ler-te, tocar com as mãos o milagre palpitante da vida”
Beato Manuel Lozano Garrido
Gastar como solas dos sapatos
“Não pense em nenhum grande tema para informar”, evidencia o Papa Francisco. Segundo ele, há algum tempo, corre-se o risco de se ter “jornais fotocópias”, com notícias iguais. “A crise editorial corre o risco de levar a uma informação construída nas redações, diante do computador, nos terminais das agências, nas redes sociais, sem nunca sair à rua, sem ‘gastar a sola dos sapatos’, sem que as pessoas se encontrem para procurar histórias ou verificar com os próprios olhos determinadas situações”. O Pontífice recomenda se abrir para o encontro com o próximo e com as situações externas.
Aqueles detalhes de crônica no Evangelho
O Papa salienta que a fé cristã começa na comunicação, com uma experiência, e “não por ouvir dizer”. De acordo com o Santo Padre, o método “vem e verás” é o mais simples para se conhecer uma realidade e é a verificação mais honesta. “Para conhecer, é preciso encontrar, permitir à pessoa que tem à minha frente que eu fale, deixando que o seu testemunho chegue até mim”, fala o Pontífice.
Agradecimento pela coragem de muitos jornalistas
“O próprio jornalismo, como exposição da realidade, requer a capacidade de ir aonde mais ninguém vai: mover-se com desejo de ver”. O Papa Francisco agradece a todos os profissionais de comunicação pela coragem e determinação de levar o conhecimento das condições das minorias e da pobreza para todo o mundo. “Seria uma perda não só para a informação, mas também para toda a sociedade e para a democracia, se faltassem estas vozes: um empobrecimento para a nossa humanidade”.
Oportunidades e insídias na web
A internet possibilitou a disseminação de imagens e notícias de forma mais rápida. Segundo o Santo Padre, “é um instrumento formidável, que nos responsabiliza a todos como utentes e desfrutadores”. O Pontífice fala que através da internet, tem a possibilidade de contar o que se viu e de partilhar testemunhos. Entretanto, há também os riscos dessa comunicação ‘instantânea’. O Papa cita que, atualmente, as imagens e notícias são facilmente manipuladas. “Uma tal consciência crítica impele-nos, não a demonizar o instrumento, mas a uma maior capacidade de discernimento e a um sentido de responsabilidade mais maduro, seja quando difundem ser quando se recebem conteúdos”. O Santo Padre diz que todos são responsáveis pela comunicação e pela informação que publicam. “Todos nós somos chamados a ser testemunhas da verdade: a ir, ver e partilhar”.
Nada substitui o ver pessoalmente
“Na comunicação, nada pode jamais substituir, de todo, o ver pessoalmente”. O Papa Francisco fala que não se comunica apenas com palavras, mas com os olhos, gestos e voz. De acordo com ele, o Evangelho só se difundiu por conta dos encontros pessoa a pessoa, “homens e mulheres que aceitaram o mesmo convite – ‘vem e verás’”. “Por isso, o desafio que nos espera é o de comunicar, encontrando as pessoas onde estão e como são”, finaliza o Pontífice.
Oração: Senhor, ensinai-nos a sair de nós mesmos, e partir à procura da verdade. Ensinai-nos a ir e ver, ensinai-nos a ouvir, a não cultivar preconceitos, a não tirar conclusões precipitadas. Ensinai-nos a ir aonde não vai ninguém, a reservar tempo para compreender, a prestar atenção ao essencial, a não distrair com o supérfluo, a distinguir entre aparência enganadora e a verdade. Concedei-nos a graça de reconhecer como vossas moradas no mundo e a honestidade de contar o que vimos. Amém!
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