Que Cristo Reine sobre nós

Cristo é Rei. Tudo está perdido, tudo está em trevas onde Ele não Reina. Nenhuma religião natural, ou heresia, nem ideologia, nem invenção sociocultural é capaz de iluminar um mínimo ângulo do mundo. Somente Cristo pode. Se queremos participar da Vida em Deus, vida de luz e de graça,  é necessário devolvermos a Ele o centro da nossa rotação.

A primeira pergunta, a mais importante, que devemos fazer não é se Cristo reina ou não no mundo, mas se reina ou não em mim. Não se o seu reino é reconhecido pelos estados e governos mas se é reconhecido e acolhido por mim. Segundo São Paulo (Rm 14, 7-9) e também Santo Agostinho (De civitate Dei) existem dois possíveis modos de viver: ou “para si” ou “para o Senhor”.

Viver “para si” significa viver como quem tem em si o próprio princípio e fim, indica uma existência fechada no próprio eu, dirigida para as próprias satisfações e própria glória, sem nenhuma perspectiva de eternidade. Viver “para o Senhor” significa, ao contrário, viver do Senhor e da vida que Dele provém, do Seu Espírito, tendo a comunhão com Ele em Sua vontade como próprio destino, para Sua glória. Trata-se de uma substituição do princípio dominante: não mais “eu”, mas Deus.

Cristo é o Verdadeiro Centro da nossa vida, dos nossos valores. É Ele quem nos atrai para o alto, firmando-nos no chão em que pisamos, dando-nos sentido do que é real e do que não é. Somente Cristo, sempre Cristo, é o Senhor e Soberano da nossa vida inteira e de nossas instituições, sociedade, política, educação, leis. Se realmente queremos ser Seus discípulos dizemos não ao aconfessionalismo, ao “lado religioso independente de religiões”, ao subjetivismo religioso.

 

Diante de nós está uma grande e importante tarefa

O sangue dos mártires segue recordando a toda a família dos povos o dever de nos submetermos a doce autoridade de Cristo, a fim de que toda criatura, livre da escravidão do pecado o sirva e o louve sem cessar.

Seguem sendo atuais as palavras de São João Paulo II na homilia com a qual inaugurou o seu pontificado: “Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo! Ao seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas econômicos, sistemas políticos e os rumos da civilização. Não tenhais medo!”.

Na Eucaristia, em cada Santa Missa, Ele nos acolhe no ofertório “a fim de não mais vivermos para nós, mas para Ele” (IV oração eucarística) e ao oferecer ao Pai o Seu Sacrifício Eucarístico, oferece Consigo todo o seu Corpo Místico como uma única oferta, indivisível.

Que a Virgem Santíssima e São José, que acompanharam Jesus ao longo de toda a sua vida oculta em Nazaré,  intercedam para que o povo brasileiro seja um só coração no Coração de Nosso Senhor Eucarístico, Senhor e Rei dos nossos corações.

 

Ana Carina Novak, OCV