“Enquanto todo o povo era batizado e Jesus, também batizado, estava em oração (…) naqueles dias, ele não comeu nada” (Lc 3,21; 4,2)

Após quase trinta anos, passados na solidão de Nazaré, Jesus Cristo, antes de iniciar a vida pública, dirige-se à margem do Jordão e recebe o batismo de João, depois permanece quarenta dias em oração e jejum no deserto, onde foi tentado por três vezes. Tanto o Seu batismo como a oração, o jejum e a tentação foram obras da infinita misericórdia de Deus para conosco. (…)

No batismo de Jesus Cristo manifestou-se a infinita misericórdia divina para com toda a humanidade. João e outros profetas endireitavam os caminhos na terra, mas apenas o salvador abriu o caminho para o céu e ali nos preparou um lugar. E esse caminho é um só. Por isso o Salmista reza: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos, ensina-me tuas veredas” (Sl 25(24),4). A porta para o céu é um coração puro, animado pelo amor a Deus. Por esse coração puro rezava o Salmista: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro, renova em mim um espírito resoluto” (Sl 51(50),12). Ele não tinha ainda um meio para purificar a alma do pecado original. Somente o Salvador, por misericórdia Sua, institui o Batismo, pelo qual renascemos interiormente e nos tornamos filhos de Deus, que nos fala, como a Jesus durante o batismo: “Este é o meu filho amado; nele está o meu agrado” (Mt 3,17). (…)

O Espírito Santo, ao descer sobre Jesus durante o batismo, torna-se o guia das Suas ações e O conduz ao deserto: “Jesus foi conduzido ao deserto pelo Espírito, para ser posto à prova pelo diabo” (Mt 4,1). Os quarenta dias de vida de Jesus no deserto foram de oração e penitência. (…)

A nossa armadura deve ser a oração, a penitência e a confiança na infinita misericórdia divina que Cristo nos alcançou no deserto.

Por isso, em cada tentação vou encaminhar o meu pensamento a Jesus que jejua e é tentado no deserto. Quando me acometerem as falsas seduções do mundo e o atrativo de sua falsa sabedoria, imediatamente me colocarei sob o estandarte de Cristo, consciente da filiação divina e confiante na misericórdia divina que para mim foi alcançada no deserto.

Texto adaptado do livro A Misericórdia de Deus em Suas Obras – Padre Miguel Sopoćko, Editora Apostolado da Divina Misericórdia. Curitiba-PR.


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Nessa obra o Bem-Aventurado Padre Miguel Sopoćko ( 1888 – †1975), confessor e diretor espiritual de Santa Faustina, nos acompanha ao longo de todo o Evangelho e nos ensina a contemplá-lo a partir da perspectiva da Divina Misericórdia.

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