Papa Francisco explica o que une católicos, protestantes e ortodoxos
Embora na semana passada o Papa Francisco tenha anunciado um novo ciclo de catequese sobre a “misericórdia”, na Audiência Geral desta quarta-feira falou sobre a unidade dos cristãos, uma vez que nestes dias é celebrada a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, no hemisfério Norte.
“Todos, católicos, ortodoxos e protestantes, formamos um sacerdócio real e uma nação santa”, o que significa que “a missão comum de transmitir aos outros a misericórdia que recebemos de Deus, começando pelos mais pobres e abandonados”, disse Francisco no Sala Paulo VI, no Vaticano.
O Santo Padre se referiu ao Batismo como a origem “comum” entre católicos, luteranos e ortodoxos. “O Concílio Vaticano II – recordou – afirma que o Batismo constitui o vínculo sacramental da unidade que existe entre todos aqueles que por meio dele foram regenerados”.
“Somos convidados a redescobrir tudo isto, e a fazê-lo juntos, indo além de nossas divisões”, assinalou.
“Antes de tudo, compartilhar o Batismo significa que todos somos pecadores e precisamos ser salvos, redimidos e libertados do mal”.
Sobre estas “trevas”, o Papa indicou que “é a experiência da morte, que Cristo fez sua, e que é simbolizada no Batismo pela imersão na água, e ao qual segue o emergir, símbolo da ressurreição à nova vida em Cristo”.
Por isso, “quando nós cristãos dizemos que compartilhamos um só Batismo, afirmamos que todos nós – católicos, protestantes e ortodoxos – compartilhamos a experiência de ser chamados das trevas implacáveis e alienantes ao encontro com o Deus vivo, cheio de misericórdia”.
Neste sentido, manifestou que “todos, por desgraça, fazemos experiência do egoísmo, que gera divisão, teimosia, desprezo”.
Ao contrário, “começar de novo do Batismo quer dizer reencontrar a fonte da misericórdia, fonte de esperança para todos, para que ninguém seja excluído da misericórdia de Deus”.
Resumindo, “em virtude do Batismo podemos nos considerar todos realmente irmãos”, assegurou.
Francisco também sublinhou que “todos nós, os cristãos, podemos e devemos anunciar a força do Evangelho, comprometendo-nos juntos na realização das obras de misericórdia espirituais e corporais”.
“Todos nós cristãos, pela graça do Batismo, obtivemos misericórdia de Deus e fomos acolhidos em seu povo”.
fonte: ACI Digital