O leque de alternativas para se tornar discípulo e missionário da Divina Misericórdia é extenso. Porém, a maioria é simples e carregada de significado. Podemos citar, por exemplo, a participação devocional na Festa da Misericórdia, no segundo domingo da Páscoa, e a novena.

Mas isso não é tudo, conheça outras práticas:

Conhecer e divulgar a história de Santa Faustina

O missionário da Misericórdia conhece e divulga a história de Santa Faustina. Nascida na Polônia em 25 de agosto de 1905, Helena Kowalska – nome de batismo – entrou para a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora Mãe da Misericórdia, em Varsóvia, em agosto de 1925. Um ano depois, recebeu o hábito e o nome de Irmã Maria Faustina. No lado de fora do convento nada deixava transparecer a profunda vida espiritual, com graças extraordinárias, conhecimento da Misericórdia Divina, visões, aspirações, estigmas escondidos, dom da profecia e discernimento, e o raro dom dos esponsais místicos (cf. Diário 1056). Essa é somente uma parte da história de Santa Faustina. Uma religiosa com um sonho que a movia: viver plenamente o mandamento do amor. 

Venerar a Imagem de Jesus Misericordioso

O quadro com a imagem de Nosso Senhor e as palavras “Jesus, eu confio em Vós” é conhecido e venerado no mundo inteiro. Trata-se da imagem com os traços da visão com que Santa Faustina foi agraciada em 22 de fevereiro de 1931, em Plock, na Polônia. “Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo inteiro” (Diário, 47). O pedido do Senhor marcou a vida da religiosa, tanto que são inúmeras as referências em seu Diário sobre a imagem de Jesus Misericordioso. 

Participar da Festa da Divina Misericórdia

Pela narrativa em seu Diário, sabemos que em 22 de fevereiro de 1931, uma das primeiras revelações de Cristo à Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada no segundo domingo de Páscoa. Quatro anos depois, no encerramento do Jubileu da Redenção, Santa Faustina participa da Eucaristia como se estivesse festejando a Festa da Misericórdia, e Jesus, então, manifesta-se como está na imagem e lhe diz: “Essa festa saiu do mais íntimo da minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da minha compaixão. Toda alma que crê e confia na minha misericórdia irá alcançá-la” (Diário 420; cf. 1042; 1073). 

Rezar a Novena à Divina Misericórdia

As novenas preparatórias para as festas de padroeiros são elementos presentes na religiosidade das comunidades, e não seria diferente para os discípulos e missionários da Misericórdia. O Diário de Santa Faustina indica a prática da novena em preparação para a Festa da Divina Misericórdia, entre o Tríduo Pascal e a Oitava da Páscoa, ou seja, começando na Sexta-Feira Santa e terminando no sábado que antecede o segundo domingo da Páscoa, favorecendo ao fiel uma profunda imersão no mistério da Misericórdia Divina, que plenamente se manifesta na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Contudo, a Novena à Divina Misericórdia pode ser rezada em outros momentos, pedindo e agradecendo.

Rezar o Terço da Misericórdia

Entre as diferentes formas de culto à Divina Misericórdia, discípulos e missionários da Misericórdia precisam rezar o Terço da Misericórdia. Em 14 revelações, Jesus oferece à Santa Faustina essa nova forma de piedade, que hoje se encontra disseminada por todo o mundo. Assim, como na vida da Igreja, a Liturgia e a piedade estão intimamente associadas. Logo, a espiritualidade da Divina Misericórdia proposta por Santa Faustina se dá igualmente no encontro dessas duas dimensões, particularmente através da Festa e do Terço. Jesus Cristo ditou esse novo Terço à jovem Irmã Faustina – então com 30 anos – em Vilnius, Polônia (atualmente território da Lituânia), como uma oração de intercessão e reparação pelos pecados cometidos por toda a humanidade (cf. Diário 474-476).

Reserve um tempo do dia para a contemplação

Reserve ao menos alguns instantes para olhar aos céus e pedir paz e amor a Jesus. Na correria do mundo moderno, esses momentos muitas vezes são deixados de lado. Porém, nem sempre foi assim. Os mais antigos talvez se recordem dos sinos que badalavam indicando algumas horas e convidando trabalhadores a rezarem. É verdade que em todo momento e lugar podemos prestar honra à Divina Misericórdia, mas Cristo nos propõe que façamos uma oração às três horas da tarde. Portanto, programe o seu relógio para despertar também às 15h, a Hora da Misericórdia, pois é a hora em que Cristo morreu na cruz, e faça um momento de adoração, ação de graças, reparação e súplicas à Divina Misericórdia, com confiança na sua imensa generosidade para conosco. 

Misericórdia além das orações

Uma atitude de vida, como aquela proposta por Jesus a todo cristão: “Sede misericordiosos como o Pai… Amai-vos como Eu vos amei!”, também é parte do culto à Misericórdia Divina. Por isso, discípulos e missionários da Misericórdia precisam ir além das orações. Cristo indica três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: pela ação, pela palavra e pela oração. “Nesses três graus repousam a plenitude da misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por Mim. É deste modo que a alma glorifica e honra a minha misericórdia” (Diário 742).


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