O segundo dia do evento da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil), que acontece no Santuário da Divina Misericórdia, movimenta novamente cerca de 500 religiosos da vida consagrada. A partir das oito horas da manhã os participantes assistiram à Santa Missa, onde o pároco do Santuário, padre Francisco Anchieta, Mic, saudou a todos e desejou que os religiosos sintam-se acolhidos no coração de Jesus Misericordioso.
Durante a formação de abertura o Cardeal Dom João Braz de Aviz, pontuou o que o Concílio Vaticano II pede à vida consagrada, destacando: tornar-se discípulos de Jesus. Segundo ele, “A maior dignidade de todas recebemos no batismo: ser filhos de Deus. E a consequência dessa verdade é que eu preciso ser e agir como irmão e irmã. Quem é muito mandão e autoritário não representa os filhos de Deus”. O Cardeal ainda salientou que a comunidade vai para frente a partir do Evangelho, não com superiores autoritários, pois o autoritarismo esmaga as pessoas.
A Irmã Maria Inês, presidente nacional da CRB, declarou em sua palestra que o lugar dos consagrados é onde a vida mais clama por misericórdia. Mas, antes de sair como missionários, fazendo o que o Papa Francisco propõem, é preciso viver em comunhão e abandonar-se em Jesus.
“Se não aprendermos a abraçar Cristo crucificado nas dificuldades, na dor, não vamos experienciar a ressurreição. Devemos experienciar na carne que estou vivendo os momentos com Jesus, e, sou fiel em esperar a sua glória, a sua vontade”, afirmou a presidente.
Dando continuidade à formação, o Padre Marcial Maçaneiro também pode fazer seus apontamentos sobre a vida religiosa consagrada. Para ele, não devemos confundir carisma com obra. “Jesus é o rosto comum onde todos os carismas se encontram, e carismas diferentes se agregam para formas grandes obras”, explicou.
Outro assunto destacado pelo Padre é que fazer renovação é tradição da Igreja. Para ele, “a forma da Igreja é Jesus, mas quem reforma é o Espírito Santo. A Igreja é o resultado, a ação do Espírito Santo é que faz a missão”.
O Padre Maçaneiro afirmou ainda que a nossa humanidade é do Senhor, e que quando pensarmos que errar é humano, devemos lembrar que acertar também é humano e não ser corrupto também é humano.