Oblatio: oferecimento de si mesmo

Explicação sobre a Oblatio, retirada da carta do Pe. André Pakuła, MIC,
Superior Geral da Congregação, para os Marianos do mundo inteiro,
datada no dia 8 de dezembro de 2019, em Roma.

O aniversário exato da fundação da Congregação dos Padres Marianos, ou seja, dos 350 anos, ocorre no dia 11 de dezembro de 2020. O encerramento do Jubileu ocorrerá no dia 8 de dezembro de 2023, para comemorar 350 anos da aprovação da primeira casa religiosa da Congregação. A celebração do Jubileu por 4 anos é uma alusão histórica à moldagem da nossa Congregação, isto é, desde o seu carismático início, expresso na Oblatio, até a instituição da primeira comunidade religiosa.

Foto: Arquivo – Padres Marianos/Capítulo Geral

Um ponto crucial para a nossa Congregação foi a profissão, pelo Padre Estanislau Papczynski, do ato da Oblatio (lat.), isto é Oferecimento de si mesmo. Hoje, sabemos que no propósito do Fundador a Oblatio foi uma fórmula de votos religiosos na nova comunidade, que por esse ato ele instituiu. A Oblatio foi lida por Santo Estanislau após ele receber o indulto para o afastamento da ordem dos escolápios. Este ato fundacional da nossa Congregação se realizou no dia 11 de dezembro de 1670, em Kazimierz, perto de Cracóvia, Polônia.

No dia 8 de dezembro de 2020, quando ocorre quase que exatamente o aniversário dos 350 da Oblatio, nós todos, filhos espirituais de Santo Estanislau, em alusão àquele acontecimento, faremos o ato da Oblatio lendo − no lugar da tradicional renovação dos votos − o mesmo texto que foi lido pelo Padre Fundador.

Faremos isso em público, em todas as comunidades. Ao fazermos o ato da Oblatio, devemos explicar ao povo que não se trata de uma nova fórmula dos votos religiosos, mas de celebrar o aniversário dos 350 anos da primeira profissão mariana dos votos na história. A proclamação da Oblatio, oferece uma oportunidade para a nossa conversão e a volta ao “primeiro amor” (cf. Ap 2,4).

Proclamação da Oblatio

Por Estanislau Papczynski

Em nome de nosso Senhor, Jesus Cristo Crucificado. Amém.

Eu, Estanislau de Jesus e Maria Papczynski, segundo a carne filho de Tomás de Podegrodzie, da Diocese de Cracóvia, com a idade de quarenta anos, ofereço e consagro a Deus Pai Todo-Poderoso, e ao Filho, e ao Espírito Santo, bem como à Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria concebida sem a mácula original, o meu coração, a minha alma, a inteligência, a memória, a vontade, os sentimentos, toda a mente, todo o espírito, os sentidos interiores e exteriores, e o meu corpo, nada absolutamente deixando a mim mesmo, para que dessa forma seja a partir de agora servo do mesmo Todo-Poderoso e da Beata Virgem Maria.

Prometo-Lhes, portanto, que até o final da minha vida servirei em castidade e com zelo nesta Sociedade dos Padres Marianos da Imaculada Conceição (que por graça divina quero fundar) e que adaptarei a minha forma de vida às suas leis, às suas constituições e ritos, e que jamais farei ou permitirei, nem concordarei, mesmo que indiretamente, que eles sejam, de alguma forma, abolidos ou mudados, ou que deles seja concedida dispensa, a não ser por necessidade séria e de acordo com a lei.

Prometo, além disso, a obediência prudentemente compreendida a Sua Santidade o Vigário de Jesus Cristo e à sua autoridade delegada, bem como a todos os meus superiores indiretos e diretos, e que não possuirei nada como propriedade privada, mas que tudo considerarei como propriedade comum.

Confesso que creio em tudo em que crê a santa Igreja Romana e no que no futuro apresentar para a crença, e de maneira especial confesso que a Santíssima Mãe de Deus Maria foi concebida sem a mácula original, e prometo que difundirei a Sua honra e que a defenderei, mesmo que seja à custa da minha própria vida, para o que peço a ajuda de Deus e deste Seu Santo Evangelho.


Por Padre Marcos Szczepaniak, MIC