Após 5 anos frequentando o Grupo de Oração Divina Misericórdia, venho hoje dar um testemunho abençoado.

Em maio de 2019 minha mãe foi diagnosticada com uma tumor que saiu que saiu no pâncreas, se não fosse assim não teria tido 02 meses de vida.

Começava a batalha de dúvidas e incertezas. A minha mãe é super maravilha, além de cuidar da casa, do meu pai, me ajudava com minha casa e filhas para eu realizar meu sonho de me formar na faculdade, além de ajudar minha irmã com os gêmeos e toda amiga que precisasse. Frequentava bingos, ajudava na igreja, missas até 2 vezes por semana, abria a casa para o Terço com a comunidade.

De repente estava numa poltrona deitada sem forças pra ficar em pé e com fortes dores. Eu, que já havia passado por situação parecida com meu finado esposo, só levantei a cabeça e entreguei nas mãos de Deus, pedindo no Grupo de Oração da Misericórdia o melhor, pois tinha certeza de que se ela merecia então o Senhor a daria.

As vizinhas da comunidade iniciaram o terço semanal e ininterrupto pela cura.

E as bênçãos começaram com o Dr. Gasan Traia indicando um anjo chamado Dr. Eduardo Ramos pra avaliar o caso de minha mãe. Este foi firme: “não faço cirurgia para retirar o tumor”. Questionei juntamente com meu irmão, mas entendi que minha mãe não suportaria uma cirurgia tão grande. Então ele indicou a Dra. Gisah Guilsen, para o tratamento.

Fomos sem a mãe na primeira consulta, questionei, novamente: “Dra. se a mãe vai só sofrer podemos poupá-la, pois, pelo que sei, câncer de pâncreas não tem cura”. A Dra. me falou “tem sim, podemos tratá-la”. Confiei e apostei todas as fichas, orações e pensamentos positivos.

Mas com um pezinho de desconfiança…

Preparei-me para ver para os enjoos, a fraqueza, mal estar, e minha mãe definhando com a droga da quimioterapia. Mas a dor, a fraqueza, o enjoo existiram por um período bem pequeno de 2 meses. Após esse tempo ela começou a engordar a cada mês. Depois de cada sessão eu até comentava “Parece que a mãe vai tomar vitamina e não fazer quimio”. Então acabaram as 12 sessões feitas a cada 15 dias.

Então foi dado o início a rádio, aí pensei: agora a mãe cai. Nada, qual foi minha surpresa, não sentia nada. “Mãe o que sente?”. Ela respondia: “nada filha”. Sempre com o Rosário e assistindo as missas pela TV.

Os exames de laboratório continuavam ótimos. Em abril acabaram as 5 semanas de rádio. A pandemia da COVID-19 estava no seu ápice, era a hora de retornar ao Dr. Eduardo Ramos que estudou novamente o caso da minha mãe através de uma nova bateria de exames. Ele disse: “eu faço a cirurgia. O tumor esta instalado no tronco Celíaco, é uma cirurgia bem grande. As chances são de 20 % de sobrevir à cirurgia”. Ele olhou para minha mãe e disse “a senhora pode não sair da cirurgia com vida, estou nesta pra ganhar, mas os riscos são estes”.

Ou a cirurgia e uma expectativa de vida de até 5 anos ou um ano de vida e sofrimento, pois não havia mais tratamento a oferecer.

A mãe como sempre positiva e cheia de fé disse: “eu quero a cirurgia”.

Reunimo-nos em quatro irmãos e tomarmos a mais dura decisão: e optamos por cirurgia, pois era a vontade da mãe.

As bênçãos continuavam, o plano queria 20 dias pra liberar, no entanto foi autorizada em 3 dias.

No dia da cirurgia a mãe nem se despediu, não me deu uma beijo um abraço. Apressada como sempre, quando a enfermeira chamou, ela foi sem olhar pra trás.

Pensei não dei o que pode ser o último abraço, então rezei.

Antes de iniciar a cirurgia o Dr. falou: “Andrea ela está anestesiada, agora é só começar, eu disse: “Boa cirurgia Dr. e que Deus o abençoe.” Ele disse amém e foi.

Formam as 8 horas mais longas da minha vida.

Entreguei novamente a vida de minha mãe nas mãos do Senhor por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, mas sem desespero, preparada para a perda, se assim o Senhor quisesse.

Às 15h30 o Dr. veio falar comigo, estava fisicamente esgotado e disse: “Acabou, a cirurgia foi linda, agora só falta fechar!!!”

Ele explicou tudo com muita calma e paciência. O pós-cirúrgico não foi nem um pouco fácil, mas mais um anjo, minha cunhada Zenilda, se ofereceu e ficou no meu lugar no trabalho por 1 semana.

A mãe não se alimentava e o Dr. foi bem firme e disse: “Dona Dalva eu e minha equipe fizemos nossa parte, Deus (levantando as mãos ) fez a Dele, e agora é com a senhora.”

A mãe saiu do Hospital Nossa Senhora das Graças nos dia de Corpus Christi com um mini tapete feito pelas irmãs na porta do hospital.

Para honra e Glória do Senhor, a Dona Dalva Purkot está bem. No último domingo ela esteve comigo na Missa drive-in da Misericórdia somente para agradecermos.

Obrigada, Deus!!!