Quando falamos em namoro santo logo vêm pensamentos como estes: “eu não consigo”, “isso é impossível”, “isso é loucura porque vai contra nossos próprios instintos”. Nos tempos de hoje, onde está “fácil” se relacionar com alguém porque o namoro está tão banalizado, que se relacionar se resume somente na relação física, muito longe de algo espiritual, ou interno, como a troca de sonhos, projetos, objetivos de vida. O namoro moderno é mais comum! Onde se pode tudo, mas não se tem compromisso com nenhuma das partes “o importante é viver o agora”.

Entretanto, muito além de falar o que hoje o mundo oferece ou pensa disso tudo, queremos falar da vida maravilhosa que Deus nos oferece, antes de falarmos àquela frase que é muito conhecida: “a Igreja é contra relação sexual antes do casamento” ou “a Igreja é contra a camisinha e o anticoncepcional!”. Isso é somente o que as pessoas querem enxergar e o que se torna cômodo falar e pensar, mas o que tem por trás de tudo isso é algo extraordinário e lindo.

Deus quando cria o homem e a mulher (Gen. 1.27) diz que é MUITO BOM, não apenas bom! Vendo isso Deus cria realmente o homem e a mulher para se completarem, mas tudo isso precisa ser aproveitado, vivenciado da melhor maneira possível, para que tenhamos um relacionamento saudável, e não um relacionamento que apenas nos traga traumas e feridas.

A espera por uma pessoa, o conhecer esta pessoa é algo tão lindo que se pararmos para entender o que isso significa nós gritaríamos ao mundo inteiro que é a melhor coisa a se fazer. O conhecer o outro, se deixar descobrir com o outro, muito mais que atração física (claro, isso também é necessário sim e não é pecado sabendo até onde podemos ir), mas muito mais além disso é dividir um anseio por coisas concretas que nos leva a estar mais perto de Deus.

Uma das coisas fundamentais para conseguir buscar a santidade no namoro, além é claro de participar da Santa Missa (de preferência junto com seu namorado(a), sendo esta uma das principais formas do casal rezar junto!), é estar em comunhão com Cristo, confissão, rezar pelo menos o terço diariamente, ter a sua intimidade com Deus sempre, tudo isso é de extrema importância. Mas queremos pautar aqui algo que às vezes é deixado de lado, mas é de suma importância: ter um diretor(a) espiritual, alguém para auxiliar vocês nesta caminhada (porque em todos os momentos, depois que vocês decidirem dar este passo de buscar a santidade no namoro, surgirão dúvidas, surgirão culpas, desânimo, desespero) e ter alguém para auxiliar o casal é uma arma muito poderosa para conseguir combater nossos próprios desejos, impulsos.

A partir dai começar um trabalho de equilíbrio, autocontrole, autoconhecimento com vocês; conhecer seus limites suas fraquezas, porque sentir o desejo é humano, não há pecado em sentir vontade, pois é um homem e uma mulher (com tudo funcionando graças a Deus… risos…). Então é normal sentir o desejo, a atração, mas nós não podemos alimentar este desejo e colocá-lo em prática, porque para tudo há um tempo certo e uma consequência. Devemos saber quais são nossas fraquezas e limitações e admiti-los, saber trabalhar com eles, não os esconder. Passar por cima não adianta, pois eles vêm à tona todos os dias e todos os momentos, querendo fazer com que caiamos e depois vem a culpa, e o demônio usa isso para dizer que você não é capaz e não vai conseguir, isso é mentira! Precisamos admitir nossas fraquezas, mas também admitir que com Deus nós conseguimos sim ir contra os nossos impulsos, seguir aquilo que Deus tem sonhado para nós e conquistar o que você, casal, sonha e luta para vivenciar na vida juntos.

Deus nos criou para sermos livres, não é errado namorar, vivenciar o namoro, mas a renúncia (outro passo fundamental) é algo que precisamos decidir, não é um sacrifício para nos fazer mal, mas nos leva a liberdade, parece algo contraditório, mas é a verdade. Os sentimentos muitas vezes nos aprisionam, isto é comprovado, ainda mais em mulheres, depois de uma relação sexual surge um apego pelo o outro, onde a pessoa se torna prisioneira uma da outra, e isso não é vivenciar o namoro, é viver escravo por alguém e muitas vezes este alguém apenas está aproveitando toda essa situação e quando se sentir satisfeito acaba com o relacionamento sem pensar em consequência alguma, porque não existia um amor, mas sim um apego. Por isso, precisamos tomar cuidado para que as feridas que já existem em nós não aumentem ainda mais; e sem correr o risco de atrapalhar a caminhada do outro, mas pelo contrário, ser auxílio. Não devemos ter medo de renunciar porque a renúncia nos faz amadurecer espiritualmente, e em tudo Deus nos proporciona o melhor.

A Santidade no namoro não se resume somente em não ter relação sexual antes do casamento, mas viver e buscar algo concreto onde os dois se encontram e o desejo maior do coração é fazer a vontade de Deus, primeiramente além das suas próprias vontades, porque a nossa meta precisa ser alcançar o céu.

A promessa do Senhor hoje para você que lê isso é restaurar aquilo que esta sendo perdido, para que através de jovens curados para amar, sejam capazes de buscar a Santidade constante em suas vidas, e formar famílias Santas, dizendo para o mundo que não é loucura a busca da Santidade, mas sim um desejo de Deus para sua humanidade. “Sede Santos como o Pai é Santo” (I Pedro 1.16).

Fonte: Casa Pró Vida