Enterrar os mortos é a sétima das obras de misericórdia corporal

No livro escrito pelo Fundador dos Padres Marianos, Padre Estanislau Papczyński, intitulado Templum Dei Misticum: O Templo Místico de Deus, contém uma detalhada exposição no Ocidente Cristão do século XVII da doutrina sobre as obras de misericórdia. Nesses escritos, Santo Estanislau (canonizado em junho de 2017), seguindo uma ordem de apresentação própria, faz uma descrição de cada uma das obras de misericórdia.

Enterrar os mortos


Considerando a sétima das obras de misericórdia corporal ‒ Sepelire mortuos: enterrar os mortos ‒ o Padre Estanislau exorta os fiéis a sepultar os mortos gratuitamente, sem interesses, por caridade somente; e isto, segundo o Padre Papczyński, não é para Deus um serviço de pouco valor. “Esta obra de misericórdia acontece raramente ‒ anota ele ‒ porque são poucos os que nela participam e também poucos os que a fazem. Entre estes, famosíssimo é Tobias, o velho, o qual, pelas suas ações de piedade, como a de sepultar os mortos, se torna amigo de Deus”.

O Padre Papczyński cita as palavras dirigidas a Tobias pelo Arcanjo Rafael: “Enquanto rezavas, tu e a tua nora Sara, eu apresentava as vossas orações diante da glória do Senhor. Da mesma forma, enquanto enterravas os mortos, eu também estava contigo” (Tob 12, 12). E conclui: “Certamente, de um modo eficacíssimo reza aquele que, crendo obter a misericórdia de Deus, a exerce para com os homens. E que misericórdia pode ser mais insigne do que aquela prestada aos mortos, dos quais não se pode esperar nenhuma recompensa, nenhuma gratidão e nenhum louvor?”. “Por isso ‒ conclui o Padre Papczyński ‒ os que fazem tais coisas, sem dúvida, procuram a vida imortal”.

Pe. Casimiro Krzyzanowski, MIC Capítulo transcrito do livro Obras de Misericórdia