Violetta é uma jovem alemã de 20 anos que tinha um carinho especial pela sua avó. Além do amor natural, ela tinha uma razão a mais para gostar da avó: “Ela sempre foi boa conosco, defendia a mim e aos meus irmãos do nosso pai, que batia em nós”, recorda a jovem. Era algo além da proteção física, porque ela também os alimentava.
Como? “Ao longo de quase toda a sua vida, ela se dedicou a ler cartas para ganhar dinheiro. O benefício que tirava disso era que assim podia nos sustentar”, conta a moça.
Violetta é católica, assim como sua avó (pelo menos formalmente), mas a idosa, aos 88 anos e ainda gozando de boa saúde, não ia à Igreja: “Não me lembro de tê-la visto rezar ou ir à missa”.
Uma “fada boa” incapaz de rezar
Isso torturava sua neta, que tinha boa formação cristã. “Infelizmente, ela parecia ser uma ‘fada boa’, então muita gente a procurava para que ela adivinhasse seu futuro. Quando eu era pequena, achava que tudo isso era normal, não era consciente de que ler cartas é pecado e poderia trazer muitas desgraças”, conta Violetta.
Quando a senhora começou a ter os problemas de saúde próprios da sua idade, mudou-se para a Polônia para morar com sua filha, mas isso não mudou sua aversão à religião, aparentemente incompreensível.
Ela não via sentido na oração nem na Missa. “Até quando meu avô morreu, no ano passado, ela nem foi à missa dele.” Às vezes, ela reconhecia que havia “algo” que a assustava e que tinha medo da morte, mas era incapaz de rezar. “Minha mãe queria chamar um padre para confessá-la, mas, como ela não queria saber nada disso, esta opção não existia.”
“Eu mesma me lembrava sempre da minha avó em minhas orações e pedia a Jesus que tivesse misericórdia dela, que lhe desse a graça de poder confessar-se e receber seu perdão antes de morrer”, explica Violetta.
Para casos especiais: terço da Divina Misericórdia
Vendo que nada mudava, no final do mês de agosto, a jovem decidiu rezar o terço da Divina Misericórdia durante o mês de setembro.
No dia 22 de setembro, recebeu um telefonema: a idosa havia sido levada de ambulância ao hospital, devido a um infarto, e estava internada: “Eu fiquei horrorizada, imaginando que minha avó poderia não ter tempo de se reconciliar com o Senhor, mas logo depois ficamos sabendo que ela havia melhorado de saúde”.
Violetta intensificou sua oração do terço da Divina Misericórdia, pedindo a Jesus que sua avó não morresse naquele estado: “Eu suplicava e chorava… Pedia a Jesus que lhe mostrasse sua misericórdia e que visse as coisas boas que ela tinha feito por nós”.
E o milagre aconteceu. Foi precisamente a idosa que contou o ocorrido: “Um padre passou pelo meu quarto e eu o chamei. Ele esteve comigo duas vezes. Eu me confessei, comunguei e beijei a mão do padre. Agora eu já posso morrer”.
O padre deu à avó de Violetta uma pequena imagem de Jesus Misericordioso, com a seguinte nota: “No dia 22 de setembro, ela se confessou e recebeu a Sagrada Comunhão”. Este era o dia do aniversário de Violetta.
“Jesus, eu te agradeço de todo coração!”, conclui a jovem.
Fonte: Religión en Libertad