Na audiência geral de quarta-feira (22), o Papa Francisco encerrou o ciclo de catequeses sobre a oração do Pai Nosso. Em sua reflexão, ele afirmou que “a oração cristã nasce da audácia de poder chamar Deus de ‘Pai’.

“Trata-se de um ato de intimidade filial, fruto da graça de Jesus que nos introduz na familiaridade com Deus”, explicou o Pontífice.

O Papa seguiu a sua explicação mencionando que em diversas passagens do Novo Testamento, podemos ver como Jesus, com o seu exemplo e palavras, nos ensina o sentido da oração do Pai-Nosso.

Por exemplo, quando os discípulos que, ao ver Jesus permanecer longos momentos em oração, pedem que Ele lhes ensine como rezar. Ou no Getsêmani, onde, ao invocar a Deus chamando-o de Abbá, Jesus demonstra a confiança num momento de angústia.

Em meio às trevas, Jesus invoca Deus com o nome de “Abbà”, com confiança filial. E, embora sinta medo e angústia, pede que seja feita a Sua vontade.

Quando Jesus fala da necessidade de rezar de modo insistente, lembra-se sempre dos irmãos, sobretudo com a disponibilidade de perdoar as ofensas recebidas. 

Imagem: LDS.org

Em resumo, Jesus nos ensina que o cristão pode rezar em qualquer situação, seja com expressões retiradas da Bíblia, como os salmos, seja com expressões que brotaram dos corações de tantos homens e mulheres que se sabiam amados pelo Pai.

O primeiro protagonista de toda oração cristã é o Espírito Santo

É ele que sopra no coração do discípulo e nos torna capazes de rezar como filhos de Deus.

É ele que nos ensina a rezar:

“Este é o mistério da oração cristã: pela graça, somos atraídos ao diálogo de amor da Santíssima Trindade.”

Assim rezava Jesus, e por vezes usou expressões muito distantes do texto do Pai Nosso. Como quando na cruz, pronunciou as palavras ‘Deus meu por que me abandonastes’. A explicação é que naquele grito de angústia, tem-se o núcleo da relação com o Pai, a essência da fé e da oração. Eis porque o cristão pode rezar em qualquer situação.

Fonte: Vatican News