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Papa Francisco visitou nesta quarta-feira, 17, o Centro de Reabilitação Social n° 3 da Ciudad Juarez, no México. Ao chegar no papamóvel o Santo Padre foi recebido com gritos de alegria e cantos entoados pelos próprios presos.

Do lado de fora o Santo Padre cumprimentou os presos, depois de ter sido saudado por Dom Andrés Vargas Peña, Bispo responsável pela pastoral carcerária e após ter ouvido o comovente testemunho de uma prisioneira.

Bergoglio ressaltou em seu discurso que a misericórdia de Jesus Cristo “abraça todos e em todos os cantos da terra” e que “não há espaço e nem pessoa que ela não possa tocar”.

O Papa viu a celebração do Jubileu da Misericórdia com os detentos como uma oportunidade para “recordar o caminho urgente que devemos tomar para quebrar os círculos viciosos da violência e da delinquência”.

De acordo com o Papa, as condições da prisão são “um sintoma de como nós estamos como sociedade, em muitos casos são um sintoma de silêncios e omissões provocadas pela “cultura que deixou de apostar na vida” e “de uma sociedade que foi abandonando os seus filhos”.

É precisamente a misericórdia que nos recorda que a “reinserção” não começa entre as paredes de uma prisão, mas bem antes, “nas ruas da cidade”, criando um sistema de “saúde social”, que permita à sociedade “não ficar enferma, poluindo as relações no bairro, nas escolas, nas praças, nas ruas, nas moradias, em todo o espectro social”.

Muitas vezes, porém, observou o Pontífice, as prisões parecem que “colocam as pessoas em condições para continuar a cometer delitos, mais do que a promover processos de reabilitação”. Não é suficiente, portanto, prender os culpados; é necessário “intervir para enfrentar as causas estruturais e culturais da insegurança que afetam todo o tecido social.”

 “Celebrar o Jubileu da Misericórdia convosco – continuou Francisco dirigindo-se aos detentos – significa aprender a não permanecer prisioneiros do passado, do ontem”, abrindo “a porta ao futuro”, para “crer que as coisas possam ser diferentes”.

Recordou o Papa: para aos presos que conheceram “a força da dor e do pecado”, a força da “ressurreição” e da “misericórdia divina” está à sua disposição.

Fonte: Zenit