No próximo dia 8 de dezembro, o Papa Francisco abrirá a Porta Santa na Basílica de São Pedro e, assim, começará o Ano Santo
Milhares de peregrinos de todo o mundo começarão a caminhada para poder celebrar em Roma o início do Ano Jubilar da Misericórdia. Amanha, terça-feira, 8 de dezembro, o Papa Francisco abrirá a Porta Santa da Basílica de São Pedro.
Mons. Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, apresentou na última sexta-feira de manhã para a imprensa, os últimos detalhes. Será – garantiu – um momento forte para toda a Igreja, que permitirá recordar que a misericórdia é a essência do anúncio do Senhor no mundo e para fazer de cada fiel instrumento tangível da ternura de Deus.
Mons. Fisichella explicou que desde o 1º de Dezembro, na Via della Conciliazione n. 7, está aberto para os peregrinos o ponto de informação sobre o programa do Jubileu, para inscrever-se para a peregrinação à Porta Santa, pegar as entradas para as várias celebrações e retirar o testimonium da participação ao Jubileu.
O bom desenvolvimento dos eventos do Ano Santo, será em parte graças ao trabalho de centenas de voluntários que irão fornecer um serviço de recepção e assistência a todos os peregrinos, “particularmente na Via da Conciliação, Praça de São Pedro, e nas outras basílicas e igrejas do Jubileu”.
Como será o grande evento do dia 8 de dezembro?
Mons. Fisichella explicou que será na praça de São Pedro, a partir da 9h30. Será introduzido com a leitura de alguns trechos das quatro constituições conciliares (Dei Verbum, Lumen gentium, Sacrosanctum Concilium e Gaudium et Spes), e dois trechos respectivamente de Unitatis Redintegratio, sobre o ecumenismo, e da Dignitatis humanae, sobre a liberdade religiosa. Porque nessa data se celebra o quinquagésimo aniversário da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II.
Como afirmou o presidente do Dicastério para a Nova Evangelização, a celebração eucarística começará com a procissão do Evangellho preparado especialmente para o Jubileu pelo Pe. Rupnik e publicado pela editora São Paulo. Uma obra de arte que tem na capa uma reprodução em mosaico do logotipo do Jubileu. O evangelho será colocado no mesmo púlpito que durante todas as sessões do Concílio foi colocado no altar da basílica de São Pedro para evidenciar a todos o primado da Palavra de Deus.
Por outro lado, afirmou que, no que diz respeito mais diretamente à abertura da Porta Santa, a cerimônia, muito simples, será acompanhada pela televisão em todo o mundo. “O Papa pedirá a abertura da Porta e passará por ela. Depois dele, os cardeais, os bispos e representantes dos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos passarão indo, em seguida, em procissão até o túmulo do apóstolo Pedro, onde se celebrará a santa missa. O Papa rezará depois o Ângelus como de costume, da janela do Palácio Apostólico”, disse mons. Fisichella.
Outro evento organizado para a tarde do dia 8 de dezembro, é a apresentação intitulada “Fiat lux: Illuminating Our Common Home” que acontecerá na praça de São Pedro. Trata-se de uma projeção de fotografias sobre a fachada e a cúpula, tiradas do repertório de alguns dos grandes fotógrafos do mundo, que apresentam imagens inspiradas na misericórdia, a humanidade, o mundo natural e a mudança climática. O espetáculo será oferecido pela Word Bank Group (Connect4Climate), de Paul G. Allen’s Vulcan Productions, da Fundação Li Ka-shing e do Okeanos.
Dias depois, no 13 de dezembro, pela primeira vez na história dos jubileus, serão abertas as Portas Santas de todas as catedrais do mundo. E é que como recordou mons. Fisichella, “o papa Francisco desejou que o Jubileu da Misericórdia aconteça, especialmente, nas Igrejas particulares”. O Santo Padre abrirá também, nesse dia, a Porta Santa da Catedral de Roma, São João de Latrão. Finalmente, no dia 18 de dezembro, o Pontífice abrirá a Porta da Misericórdia de um centro da Cáritas em Roma, “Dom Luigi Di Liegro”. Este será o primeiro – informou – de uma série de sinais que numa sexta-feira por mês o papa pretende oferecer como expressão das obras de misericórdia.
Por outro lado, anunciou que a partir do dia da abertura da Porta Santa, durante todo o Jubileu, na Praça de São Pedro, se rezará o terço diante da estátua de São Pedro. Por turnos, está sendo organizado por algumas paróquias de Roma dedicadas à Nossa Senhora, pelos institutos religiosos presentes na cidade com uma especial consagração à Mãe de Deus e por alguns institutos de formação.
A propósito dos Missionários da Misericórdia, que vão receber, de parte do Santo Padre, a faculdade de perdoar pecados reservados à Sé Apostólica, mons. Fisichella anunciou que chegaram a mais de 800 e já fecharam as inscrições.
Respondendo à pergunta de um jornalista sobre a segurança durante este Ano Santo, garantiu que há uma garantia total para todos os peregrinos e advertiu que não devemos dramatizar pelo fato de estar em Roma. Quanto ao número de peregrinos que virão, observou que é muito difícil fazer o cálculo, mas que o importante para o dicastério é “recebe-los e fazer que vivam uma experiência de fé”.
Finalmente, mons Fisichella lembrou que durante o Jubileu, o Santo Padre terá audiências gerais também um sábado por mês. Para acessar todas as informações necessárias sobre o Jubileu da Misericórdia, pode-se consultar o site oficial.
fonte: Zenit