Mais de um milhão de pessoas participaram neste sábado, 20 de junho, da manifestação laica “Defendamos nossos Filhos”, organizada em Roma via redes sociais por vários grupos independentes de cidadãos italianos, sem ligação com nenhum partido político, sem uma liderança única e sem vinculação a crenças religiosas específicas. O evento reuniu laicos, ateus, cristãos, muçulmanos, judeus e membros de outras confissões, dispostos a defender a família natural diante das imposições ideológicas intolerantes da ideologia de gênero.
O estopim da reação popular italiana foi o projeto de lei Cirinnà, que pretende equiparar as uniões entre parceiros homossexuais ao matrimônio natural. Os cidadãos que se manifestaram consideram que o casamento entre um homem e uma mulher, aberto à vida e à educação dos filhos sem imposição de cartilhas pseudocientíficas como a da ideologia de gênero, é uma instituição natural que precisa de especial incentivo e proteção diante das assim chamadas “outras configurações familiares”. A manifestação destaca que a família tradicional é, comprovadamente, mais benéfica para os indivíduos e para a sociedade, com base em mais de 300 pesquisas e estudos que, ao longo dos últimos anos, a compararam com outras modalidades familiares e ressaltaram suas vantagens sociais e psicológicas para as crianças.
Um dos incentivadores da manifestação, Massimo Gandolfini, declarou: “A mensagem do país é forte e clara: para a esmagadora maioria dos italianos, a família se alicerça no casamento entre um homem e uma mulher. Os nossos filhos têm direito a uma mãe e a um pai”.
O imã Mohamed também se pronunciou publicamente, afirmando: “Estamos aqui juntos, muçulmanos e cristãos, para defender a família! A comunidade islâmica também se levanta contra a ideologia de gênero, um perigoso projeto que coloca em risco a existência da humanidade e que quer poluir a mente dos nossos filhos”.
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A mesma mensagem de alerta contra as teorias anticientíficas e antinaturais que atacam a família foi reiterada por dom Vincenzo Paglia, presidente do Pontifício Conselho para a Família, por Riccardo Di Segno, rabino-chefe de Roma, e pela associação Agapo, formada por pais e familiares de pessoas homossexuais. A Agapo se posicionou abertamente contra o projeto de lei Cirinà afirmando que ele “não promove o bem dos homossexuais”.
fonte: Aleteia