As últimas palavras do Papa Francisco na Audiência Geral da última quarta-feira  (21/1) na Sala Paulo VI foram sobre os terríveis acontecimentos no Níger esta semana, país de maioria muçulmana onde foram atacadas e incendiadas várias Igrejas como resposta à nova edição do Charlie Hebdo reproduzindo novamente uma imagem de Maomé.

“Queria convidar a todos a rezar juntos pelas vítimas das manifestações destes últimos dias no amado Níger”, pediu o Santo Padre.

Francisco denunciou que “cometeu-se atos de extrema brutalidade para com os cristãos, as crianças e as Igrejas. Invoquemos do Senhor o dom da reconciliação e da paz, para que nunca o sentimento religioso se transforme em ocasião de violência, de vexame e de destruição”.

“Não se pode fazer a guerra em nome de Deus! Espero que se possa restabelecer o quanto antes um clima de respeito recíproco e de pacífica convivência para o bem de todos”, expressou.

Depois o Pontífice pediu: “Rezemos à Virgem pelo povo do Níger”.

Por sua parte, os bispos do Níger suspenderam até novo aviso as atividades das escolas, centros de saúde, obras caritativas, entre outros, “após o saque de igrejas e infraestruturas da nossa instituição, e a profanação de nossos locais de culto”. É o que afirma um comunicado enviado à Agência Fides, depois que em 16 e 17 de janeiro, várias igrejas e comunidades religiosas do Níger sofreram grandes danos por causa de manifestantes que protestavam contra as publicações do jornal francês Charlie Hebdo (veja Fides 21/1/2015).

“A medida – continua a nota – nos permitirá rezar e ler, com serenidade, os eventos dolorosos que temos sofrido.”

“A comunidade cristã no Níger está ainda em estado de choque: quase todas as Igrejas, doze de quatorze, foram completamente saqueadas, sem ficar nada, tudo foi queimado”, declarou à Rádio Vaticano o Arcebispo de Niamey, Dom Michel Cartateguy.

“Agradecemos muito cordialmente a todos aqueles que manifestaram sua solidariedade nestes tempos difíceis. Rezamos uns pelos outros a fim de que se estabeleça a paz nos corações”, concluem os Bispos. (L.M.) (Agência Fides 22/1/2015)

Fontes: Agencia Fides ACI/EWTN Noticias