Nesta terça-feira, dia 20 de dezembro, ocorreu o último Grupo de Oração de 2016 e o momento foi dedicado a agradecimento pelas graças alcançadas e muito louvor.

Para esta noite de encerramento contamos com a presença dos cantores Alvaro e Daniel e também com uma bela apresentação de Natal das crianças e adolescentes do grupinho de oração.

Um dos momentos mais emocionantes e que marcaram a noite, foi a leitura do testemunho da devota Amanda Aparecida de Barros, que por meio de Jesus Misericordioso, recebeu seu milagre: a Vida!

Seus familiares enviaram uma carta descrevendo a sua luta pela vida. Através do Grupo de Oração do Santuário Divina Misericórdia, a fé foi renovada e Deus mostrou à esta família que nada é impossível.

Amanda, seus familiares, e todos os que participavam, se emocionaram muito com o relato apresentado.

Confira abaixo esse lindo testemunho:

“Meu nome é Andreia Barros, hoje eu e minha família estamos aqui, para agradecer a Jesus Misericordioso, por devolver a vida para minha irmã Amanda Ap Barros.

Durante o ano de 2014, em exames de rotina, minha irmã Amanda descobriu uma alteração no pulmão direito, atelectasia e bronquectasia (uma parte do pulmão não funciona como o esperado). Não sabíamos se foi causado por um engasgo com alimento, enquanto criança, ou se nasceu com essa alteração. Desde essa descoberta, vinhamos tratando com uma pneumologista.

Em abril de 2015, a Amanda realizou um exame de rotina, broncoscopia e passou mal. Alguns dias depois, não se sentindo muito bem, procurou ajuda em um hospital de Curitiba, no qual aconselharam o internamento para exames. Sua permanência foi de 15 dias, tomando medicamentos e com febre alta. Após esses dias, teve alta, porém sem diagnóstico fechado.

Durante os dias que se seguiram em casa, pós hospital, Amanda voltou a trabalhar, mas precisou ir ao ambulatório, pois estava com febre e lá nos informaram que precisávamos levá-la a um hospital.

Foram mais 15 dias de internamento, exames estavam sendo realizados, e, mais uma vez, teve alta sem diagnóstico conclusivo.

Em casa, entrando em contato com sua pneumologista e com todos os exames em mãos, descobriu-se uma doença auto-imune, denominada Granulomatose de Wegner, que pode-se dizer que são inflamações nas veias dos pulmões.

A Amanda estava em casa em tratamento, porém foi ficando debilitada com febre. Tomava vários medicamentos, comia pouco e sempre com dificuldades de respirar. No dia 22 de agosto de 2015, era um sábado, sentiu muita dificuldade para respirar e com a frequência cardíaca muito alterada foi necessário uma nova internação, porém em outro hospital de Curitiba (Nossa Senhora das Graças).

A princípio passaria a noite na UTI e no dia seguinte seria encaminhada para o quarto, para fazer o tratamento. Domingo pela manhã, segui com minha mãe para o hospital com roupas para a Amanda, pois ela iria para o quarto. Ao entrarmos na sala da UTI, levamos um susto, Amanda esta sedada e entubada.

Entramos em desespero e o mesmo aconteceu com nossa família ao retornarmos para casa com a notícia do que vimos no hospital. Dois dias depois, estávamos mais tranquilas, porém durante o boletim médico, fomos informadas que o quadro da Amanda era muito grave. Estava com febre acima de 38 graus e seus pulmões estavam com muita secreção, mesmo parte dela sendo sugado.

Com 7 dias de internamento, fomos informados da necessidade de transfusão de sangue, ela estava com um quadro grave de anemia. Avisamos amigos e familiares e também buscamos doadores de sangue.

Com 10 dias de internamento, Amanda fez uma traqueostomia, para seu conforto, pois não havia previsão de quanto tempo seria seu tratamento.

Nos dias seguintes houve uma piora em seu quadro e havia suspeita de água no pulmão, que com a Graça de Deus, foi um alarme falso.

Com 18 dias de internamento, diminuíram os sedativos, Amanda estava parcialmente acordada, porém chorava muito. Dias após realizou uma tomografia para verificar a situação dos seus pulmões, e ela estava irreconhecível, muito inchada, outra pessoa. Houve a necessidade de aumentar a sedação e novamente foi entubada.

Foram alguns dias sem apresentar nenhuma melhora e não estava reagindo aos antibióticos.

Nossa família já havia sido convidada para participar do Grupo de Oração do Santuário Divina Misericórdia, então aceitamos e convidamos também vários amigos. Na quarta-feira, dia anterior ao nosso primeiro Grupo de Oração, Amanda, com 26 dias de internamento, sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ficamos todos sem chão.

Na quinta-feira estivemos no Grupo, foi uma noite muito especial, naquela noite mesmo Amanda estando sedada, com a Graça de Deus, estava acordada e mexendo a cabeça. Ela permaneceu acordada por vários outros dias, mesmo sedada.

Passamos a participar do Grupo de Oração. Apesar da dor que sentíamos, no Santuário encontrávamos paz no coração.

Aos 38 dias de internamento, Amanda havia perdido os movimentos das mãos, braços, pernas e pés, porém seus exames começavam a apresentar pequenas melhoras e ela continuava acordada e então foi liberada a permanência da nossa mãe junto com ela na UTI, para ajudá-la na sua recuperação.

Seus exames melhoraram, mais ela começou a ter crises de ansiedade, tremores sem controle surgiram e houve a necessidade de tranquilizantes. Medicada, a sua ‘tranquilidade’ voltou e ela nos deu mais um grande susto: convulsões.

Durante muito tempo ficou assim, melhorava seu quadro, diminuía a sedação (para a alegria de todos), porém logo depois surgia uma piora.

O que era visível, é que sempre no dia seguinte do Grupo de Oração, seu boletim médico apresentava melhoras.

Montamos um grupo no WhatsApp, onde informávamos diariamente o estado de saúde da Amanda. Recebíamos apoio dos amigos e familiares e rezávamos o Terço da Misericórdia e a Novena do Padre Estanislau.

Durante os 147 dias de internamento na UTI, em cada coleta de material dos pulmões, apareciam novas bactérias. Amanda chegou a usar 7 antibióticos simultaneamente, fora o uso das drogas da UTI. Ela apresentava muita infecção nos dois pulmões, febres de 42 graus, crises de ansiedade, convulsões, parada cardio-respiratória, diagnóstico de tuberculose, Granulomatose de Wegner, infecção na válvula do coração (devido a infecção do cateter), pneumotórax, diarreias, vômitos e infecção urinária.

Foi um período muito difícil, algumas pessoas desacreditavam, ouvimos: “não tem o que fazer”. Mas nunca deixamos de acreditar em sua recuperação.

Os médicos haviam relatado que seria necessário fisioterapia para retomar os movimentos dos braços, mãos e voltar a andar, fonoterapia para retomar a fala e reaprender a engolir. Mas Graças a Deus, ainda dentro da UTI a Amanda já falava e comia sozinha.

No dia 15 de Janeiro de 2016, ela teve alta da UTI, foi uma festa na sua despedida da UTI. Foram mais 20 dias no quarto para a retiradas das sondas, para avaliá-la de forma geral e para a “nova” adaptação.

Com alta do hospital em 04 de Fevereiro de 2016, já em casa, teve acompanhamento com médicos, nutricionista e fisioterapeuta e muito carinho dos familiares e amigos.

Ao todo, foram 6 meses de internamento. Amanda lutou pela vida, e através dessa luta Jesus Misericordioso ouviu todas as nossas preces e orações que lhe devolveu a vida!

Como diz a letra da música, “… aquilo que parecia, impossível, aquilo que parecia não ter saída, aquilo que parecia ser minha morte, mas Jesus mudou minha sorte, sou um milagre e estou aqui…”

( A foto da Amanda, ficou no altar, aos pés de Nossa Senhora)

Amanda é um milagre! Jesus, eu confio em Vos!”

Carta enviada pela família: Andreia Barros, Iolanda Barros, Aluizio Barros, Adriano Barros e Fernando Carvalho.

Confira algumas imagens desse encontro:

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Colaboração Imagens e Texto: Fernanda Francisquinho – PASCOM

Quer ver mais fotos do encerramento do Grupo de Oração? Acesse o link: misericordia.org.br/galerias/