Em um balanço dos principais acontecimentos de 2017, o Bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, ao presidir a Missa em ação de graças no último dia do ano, ressaltou que a celebração do centenário das aparições da Virgem na Cova da Iria “significou sair de uma visão parcial de Fátima centrada na curiosidade dos segredos”.

Segundo o Prelado, o centenário das aparições levou a “olhar Fátima como Epifania do Amor”.

Recordou que, em 1917, “a Virgem confiou aos pastorinhos de Fátima a missão sempre antiga e sempre nova de chamar o mundo atribulado às próprias fontes do Evangelho em tempos de descrença e de guerras”.

Em sua opinião, isso significa “partir de novo da presença de Deus próximo e amoroso com os dons da misericórdia e da paz; converter ou reeducar o nosso coração ao amor verdadeiro através da adoração, da compaixão e da oração do rosário para nos conformar ao coração de Cristo e de sua mãe; decidir-se finalmente pelo Bem e pela Paz na história através da colaboração na reparação do pecado do mundo”. 

 

O Prelado lembrou que ao longo dos sete anos em que se recordou o centenário foi possível viver “a catolicidade e a projeção mundial de Fátima”, o que foi e é “um dom para a Igreja e para a humanidade”.

“Fátima não pertence só a Portugal ou à Igreja; é do mundo inteiro que aqui afluiu de todos os povos, culturas e línguas, acima de todas as expectativas”, reiterou.

Além disso, assinalou que “a canonização de Jacinta e Francisco Marto é outro motivo para o nosso júbilo e para a atual meditação”.

Para o Bispo, a “primeira coisa que salta à vista é o valor da vida invisível de Jacinta e de Francisco”.

“Eles não foram heróis famosos nem conheceram a popularidade das redes sociais de comunicação, mas simples crianças como tantas outras que viveram uma experiência particular de fé guiadas por Nossa Senhora. A sua santidade é um puro acontecimento da graça divina que atua onde quer e como quer”, declarou.

Segundo ele, os dois pastorinhos “são um exemplo e modelo de santidade para toda a Igreja com o perfil espiritual próprio de cada um; são um desafio ao santuário para levar mais a peito a sua vocação a ser escola de santidade de povo, santidade popular”.

Fonte: Acidigital