Pentecoste é uma palavra que se origina do grego Pentekosté, significa quinquagésimo, ou seja, cinquenta dias após a Páscoa. Mas, para entender o sentido da Festa de Pentecostes precisamos partir da narração “Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se. Residiam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações que há debaixo do céu. Quando ouviram o ruído, reuniu-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6).

 

Em Pentecostes, somos convidados a professar ao mundo a presença do espírito santo e invocarmos a efusão do Espírito para que renove a face da terra, havendo a mesma intensidade do acontecimento inicial dos Atos dos Apóstolos sobre a Igreja, sobre todos os povos e nações. A celebração é um fato marcante para toda a Igreja, para os povos, pois nela tem início a ação evangelizadora para que todas as nações e línguas tenham acesso ao Evangelho e à salvação mediante o poder do Espírito Santo de Deus.

 

Vigília de Pentecostes

Na igreja na noite que antecede uma solenidade importante é realizada vigília. Ao longo da vigília, podemos pedir que o Espírito Santo venha sobre nós com todos os seus dons.

Você conhece os dons do espírito santo?

De acordo com o catecismo da Igreja Católica, são sete os dons do espírito santo: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus.

Sabedoria

O dom da sabedoria nos dá o conhecimento da verdade revelada por Deus, mostra a grandeza do plano do criador, é um dom que brota da fé e da proximidade com os ensinamentos do Senhor.

Entendimento

O dom do entendimento ou inteligência nos ajuda a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por ele, contemplamos os mistérios da fé, reconhecemos os nossos pecados e a nossa fé em Deus.

 

Conselho

O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões oportunas nas horas difíceis da vida para que atue como verdadeiro filho de Deus. Nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir. Todas as coisas têm seu tempo e tudo que está abaixo do céu tem sua hora. Pelo dom do conselho, o Espírito Santo dá coragem e inspira a maneira correta de agir no momento oportuno.

 

Fortaleza

O dom da fortaleza nos dá coragem e forças além das naturais, para fidelidade à vida cristã. Cheia de dificuldades, esta força divina transforma os obstáculos em meios e nos dá a paz, mesmo nas horas mais difíceis.  Nos traz força na luta diária contra nós mesmos.

 

Ciência

O dom da ciência faz com que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus e possa compreender o vestígio do Senhor que há em cada ser criado. Vemos o irmão como obra divina, cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho de Deus. Por esse dom, o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações que liberta e purifica o homem. Ele aprimora todos os outros dons porque nos dá a luz e a luz nos dá a graça de ver.

 

Piedade

O dom da piedade nos orienta em todas as relações que temos com Deus e com o próximo. A piedade nos dá a graça de saber entender o limite do nosso irmão. O Espírito Santo nos faz reconhecer a Deus como Pai, sumamente santo e sábio e consideramos as criaturas com olhar novo. A piedade faz os santos desejarem, acima de tudo, a honra e a glória de Deus.

 

Temor de Deus

O dom do temor de Deus nos leva a amá-lo tão profundamente que faz com que tenhamos receio de ofendê-lo. Nada tem a ver com o temor do castigo, mas é o temor do amor do filho, é o medo de não estarmos na vontade de Deus. É um dom ligado a virtude da humildade, que nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus, daí surge o santo temor de Deus.

 

Santa Faustina e Pentecostes

Em seu diário, em uma passagem, Santa Faustina no dia de Pentecostes, revela que “Antes de receber a Santa Comunhão, renovei em silêncio os meus votos religiosos. Após a Santa Comunhão envolveu-me um inconcebível amor divino. A minha alma permanecia com o Espírito Santo, que é o mesmo Senhor que o Pai e o Filho.  A Sua inspiração enchia a minha alma de tamanho deleite que em vão me esforçava para, ao menos em parte, dar uma ideia do que estava vivendo o meu coração. Durante todo o dia, em toda parte, onde quer que me encontrasse, com quem quer que falasse, acompanhava-me a viva presença de Deus.  A minha alma estava submersa em ação de graças por esses grandes dons. (Diário.1781). Como é belo o agir do espírito santo e Santa Faustina nos inspira nesse amor.

 

Diário de Santa Faustina

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Com informações: Canção Nova