É livre a liberdade sem a autoridade?

É livre a liberdade sem a autoridade?

É ilusão demoníaca pensar que a obediência a Deus aprisiona o ser humano, quando é só nos conformando à Sua vontade que seremos realmente livres Prossegue o Papa Pio XII, em sua reflexão, dizendo que o inimigo também propugnou “a liberdade sem a autoridade" [1]. Sem dúvida, uma das manifestações magisteriais mais importantes sobre a liberdade humana está contida na encíclica Libertas praestantissimum, do Papa Leão XIII. Nela, o Santo Padre recorda que, mais importante que a liberdade, é o modo como ela é exercida: “O homem pode, com efeito, obedecer à razão, perseguir o bem moral, dirigir-se pelo caminho reto até o fim. Mas o homem pode também seguir uma direção totalmente oposta e, perseguindo enganosas ilusões de bens, perturbar a devida ordem e correr à sua voluntária perdição." [2] Trata-se de uma constante na história da humanidade: o homem pensa poder ser livre prescindindo de Deus. Ao cair em tentação, Adão e Eva foram seduzidos pela ideia de ser como deuses, sobrepondo sua...

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Todos somos chamados ao verdadeiro amor

Todos somos chamados ao verdadeiro amor

O ser humano, enquanto imagem de Deus, é criado para amar. Esta verdade foi-nos revelada plenamente no Novo Testamento, juntamente com o mistério da vida intratrinitária: «Deus é amor (1 Jo 4, 8) e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem…, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação, e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão. O amor é, portanto, a fundamental e originária vocação do ser humano ». Todo o sentido da própria liberdade, do autodomínio consequente, é assim orientado ao dom de si na comunhão e na amizade com Deus e com os outros. O amor humano como dom de si A pessoa é, portanto, capaz de um tipo de amor superior: não o amor da concupiscência, que vê só objetos com que satisfazer os próprios apetites, mas o amor de amizade e oblatividade, capaz de reconhecer e amar as pessoas por si mesmas. É um amor capaz de generosidade, à semelhança do amor de Deus; quer-se bem ao outro porque se reconhece...

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O Papa Francisco, a Ideologia de Gênero e a Reforma Política

O Papa Francisco, a Ideologia de Gênero e a Reforma Política

Em sua catequese das quartas feiras, no último dia 15 de Abril, o nosso Papa Francisco alertou o povo de Deus sobre a gravidade da chamada “ideologia do gênero”, que está crescendo em nosso país e no mundo. Para esta ideologia, e para as pessoas que a defendem e propagam, as pessoas não se dividiriam por sexo (sexo masculino e sexo feminino), mas por gêneros: heterossexuais, homossexuais, travestis, transexuais e o que mais os desejos de cada um o levassem a seguir. Os inventores dessa tal “ideologia de gênero”, criticada pelo Papa, consideram que dividir a humanidade em “sexo masculino” e “sexo feminino” é errado, e que as pessoas deveriam ser classificadas conforme seus desejos genitais.  O Papa mostrou que o avanço dessa ideologia é um sério problema, não somente para os cristãos. “Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não é expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Neste caso,...

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Os desastres naturais são um castigo divino?

Os desastres naturais são um castigo divino?

Deus manda terremotos, furacões e inundações como castigo para que as pessoas pecadoras sofram? Deus é indiferente ao sofrimento? Os desastres naturais são “obra de Deus”? Qual é a sua origem?  Milhões de pessoas inocentes sofrem os efeitos de acidentes ou desastres naturais. Não sabemos a razão pela qual Deus permite os desastres naturais, mas Ele não é indiferente ao sofrimento. Sabemos que, no começo, Deus criou a natureza e a abençoou. Quando Adão e Eva pecaram, o mal entrou no mundo e esta desordem também afetou a natureza (criando a possibilidade de que haja desastres naturais). As catástrofes não são “obra de Deus”. Inclusive nestas situações de desastre, o sofrimento de Cristo está unido ao das pessoas, porque Jesus tenta levar todos até Ele. Muitas pessoas sofrem quando as catástrofes as atingem, incluindo aquelas que nunca cometeram pecados graves ou tiveram más condutas. João Paulo II, em sua carta apostólica “Salvifici doloris”, usa a história bíblica de Jó para ensinar...

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Por que católicos não são idólatras

Por que católicos não são idólatras

O que diz o primeiro mandamento do Decálogo e por que as acusações de idolatria imputadas aos católicos não passam de ignorância e distorção das Escrituras "Vocês são idólatras! Pois Deus proíbe que sejam feitas imagens. Está escrito...". E por aí vai. Raros são os católicos que nunca ouviram, ou leram, algo parecido vindo de protestantes; e, lamentavelmente, não são raros aqueles que se deixam incomodar por esse tipo de palavrório. O ódio às imagens, todavia, não é recente. Se olhamos para a História da Igreja, vemos que já nos séculos VII-VIII se ergueram os quebradores das imagens, os iconoclastas, que sucumbiram sob a verdadeira fé. Nos tempos modernos, levantando a mesma bandeira de guerra contra as imagens, os protestantes intentam apenas reviver das cinzas a iconoclastia, recorrendo, para tanto, às Escrituras, ainda que de modo superficial. E o que dizem, quando querem acusar a Igreja Católica de idolatria? Antes de tudo, o refrão: "Está escrito...". E o que está escrito? "Não...

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Conselhos do Papa para que o matrimônio dure a vida inteira

Conselhos do Papa para que o matrimônio dure a vida inteira

É possível que hoje em dia um matrimônio dure toda a vida inteira? Na opinião do Papa Francisco é possível "com a graça de Deus", mas também é necessária a colaboração e o esforço dos esposos para resolverem os problemas que possam surgir neste caminho. Durante a Catequese da Audiência Geral, o Pontífice comentou a diferença e a complementariedade entre homem e mulher, recordando que "a união matrimonial e familiar é algo sério, não só para os cristãos, é para todos”. “A eliminação da diferença, com efeito, é um problema, não uma solução. Para resolver seus problemas de relação, o homem e a mulher devem dialogar mais, escutando-se, conhecendo-se e amando-se mais”, explicou. Homens e mulheres “devem tratar-se com respeito e colaborar com a amizade”. Assim, disse o Papa, “com estas bases humanas, sustentadas pela graça de Deus, é possível projetar a união matrimonial e familiar que dure a vida inteira”, adicionou. O Papa Francisco concluiu sua alocução dizendo que “a terra fica cheia...

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Como sair do estado de frouxidão espiritual?

Como sair do estado de frouxidão espiritual?

Os atos de caridade devem ser os frutos maduros de qualquer direção espiritual. Neste caminho, porém, um dos grandes inimigos da vida da graça é a tibieza (do latim tepidum, que quer dizer "morno"). Hoje, tal problema se tornou quase uma epidemia. Os bancos de nossas igrejas estão cheios de pessoas – incluindo sacerdotes – que, durante todo o dia, não são capazes de fazer sequer um ato de amor a Deus. Após a conversão, muitas pessoas fazem um "voo de galinha": do alto, voam diretamente ao chão e, ao invés de crescer, regridem. Na vida espiritual, de fato, os grandes autores são unânimes em afirmar que, quem não progride, volta atrás – como alguém parado em uma escada rolante descendente. Muitos, no entanto, ainda que não estejam parados, não conseguem sair do lugar em que se acham: a escada não os leva para baixo, mas eles também não ascendem, nem se fazem mais santos. Por que isso acontece? Porque, ainda que tais pessoas pratiquem atos de devoção, estes são tíbios, frouxos e...

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Deus ou Nada: Reflexões do Cardeal Robert Sarah

Deus ou Nada: Reflexões do Cardeal Robert Sarah

Muitos fiéis se alegram em ouvir falar da misericórdia divina e esperam que a radicalidade do Evangelho possa ser mitigada também em favor de quem fez a escolha de viver em ruptura com o amor crucificado de Jesus. Pensam que por causa da infinita bondade do Senhor tudo é possível, mesmo decidindo não mudar nada em suas vidas. Para muitos, é normal que Deus verta sobre eles sua misericórdia enquanto habitam no pecado. Não entendem que a luz e as trevas não podem coexistir, apesar dos múltiplos apelos de São Paulo: “Que diremos então? Que devemos continuar pecando para que abunde a graça? Certamente não!” [...] Esta confusão exige respostas rápidas. A Igreja não pode seguir em frente como se a realidade não existisse: não pode contentar-se com entusiasmos efêmeros que duram o espaço de grandes encontros ou de assembleias litúrgicas, por mais belas e ricas que sejam. Não podemos evitar por mais tempo uma reflexão prática sobre o subjetivismo como raiz da maior parte dos erros atuais. De...

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Confissão: amor que cura com misericórdia!

Confissão: amor que cura com misericórdia!

A Igreja tem consciência muito viva do pecado, mas não está obcecada nem dá preponderância ao pecado. Professamos que, “onde abunda o pecado, abunda a graça”. A graça de Deus é suficiente. A sua misericórdia pode nos curar, é mais forte que o pecado. Conta-se a história de um camponês no oeste da Irlanda que vivia perto de um rio. Todas as semanas, o prior aparecia à beira do rio e gritava: “O mesmo!”, e uma voz ecoava do outro lado: “A mesma!”. Até que o velho lavrador não aguentou a curiosidade e perguntou ao padre o que é que se passava. O padre explicou que como era o único sacerdote na aldeia usava este método para fazer a sua confissão semanal. Ele chegava a este lado do rio. “E aí eu grito: ‘O mesmo’ (Os mesmos pecados) e o padre O’Brien grita ‘A mesma!’ (a mesma penitência)”. Nunca devemos deixar que as nossas confissões se tornem rotina, por muito que sejam frequentes. Cada Confissão, como cada Comunhão, é um encontro amoroso com o Senhor misericordioso que vem para curar as...

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Como explicar o mal para as crianças?

Como explicar o mal para as crianças?

Crimes, guerras, terrorismo e violência fazem parte do mundo que as crianças têm para descobrir. O confronto entre um mundo seguro e protetor e o mundo real pode traduzir-se em dúvidas e medos. E as questões começam a surgir em catadupa. Como podem os educadores responder às crianças? Como colocá-las perante o inevitável sem que isso as deixe paralisadas? O Homem e o mundo são feitos de contrastes, entre bem e mal, certo e errado, paz e guerra, extremismo e tolerância, e, ainda que se tentasse, seria quase impossível tentar privar os mais novos desta dicotomia. Mas é isto o mesmo que dizer que os miúdos devem estar expostos a todas as violências? Nos últimos meses, a História da humanidade tem-se construído também com atos particularmente difíceis de assimilar: pessoas assassinadas por uma opinião expressada, pessoas perseguidas pela religião que professam, meninas raptadas, maltratadas e mortas, cujo "crime" foi irem à escola, crianças, muitas crianças assassinadas e algumas...

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