(Foto: Vatican Media/Vatican News)

O Santo Padre recitou a oração do Angelus, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, neste domingo (03). O Papa Francisco reflete sobre a vida de Jesus, antes dele nascer. Na passagem de João está escrito que “no início era a Palavra”. Como também em Gênesis está escrito que “No início Deus criou o céu e a terra”.  O Pontífice explica o significado da Palavra. “Agora, o fato de Jesus ser desde o início a Palavra significa que desde o início Deus quer se comunicar conosco, ele quer falar conosco”. 

Jesus é a Palavra, a eterna Palavra de Deus, que sempre pensou em nós e deseja se comunicar conosco

Papa Francisco

O Papa cita também o Evangelho que diz que a Palavra “tornou-se carne e passou a habitar entre nós”. O Pontífice explica que São João usa a expressão carne porque indica que Deus se tornou carne para tocar a fragilidade da humanidade de perto. Dessa maneira, tudo se pode compartilhar com Deus, pois Ele conhece as dificuldades do ser humano. O Santo Padre fala que Jesus não tomou a humanidade como um vestido que ele coloca e tira, mas Ele nunca mais se separou da carne. “Ele se juntou à nossa humanidade para sempre, podemos dizer que ele ‘casou’ com ela. Gosto de pensar que quando o Senhor reza ao Pai por nós, ele não só fala: ele o faz ver as feridas da carne, ele o faz ver as feridas que sofreu por nós”.

Segundo o Evangelho, Jesus veio morar entre nós. Como o Papa salienta, Ele não veio visitar e ir embora, mas veio morar e ficar. Jesus deseja uma grande intimidade com todos os seres humanos. “Ele quer que compartilhemos com ele alegrias e tristezas, desejos e medos, esperanças e tristeza, pessoas e situações”. O Pontífice convida a todos os fiéis a abrirem o coração e contar tudo a Jesus. “Que a Santa Mãe de Deus, em quem a Palavra se tornou carne, nos ajude a receber Jesus, que bate na porta do coração para morar conosco”, finaliza o Santo Padre.


Depois do Angelus, o Papa Francisco desejou aos fiéis um bom ano de 2021. “Não sabemos o que 2021 nos dará, mas o que cada um de nós e todos juntos podem fazer é nos comprometer um pouco mais a cuidar uns dos outros e da criação, nossa casa comum”. O Pontífice afirma que há uma tentação de pensar nos próprios interesses. Ele diz que se entristeceu com a notícia de que para fugir da quarentena e ter um bom feriado, diversas pessoas foram viajar. Porém, não pensaram naqueles que ficaram em casa e nos doentes. “Tira as férias e aproveite seu prazer. Isso me dói tanto”.