(Foto: Vatican News/Vatican Media)

O Papa Francisco mandou uma mensagem em vídeo aos participantes da quarta Conferência Internacional de Música, nesta quinta-feira (04). O evento é promovido pelo Pontifício Conselho de Cultura com o Pontifício Instituto de Música Sacra e o Pontifício Instituto Litúrgico da Universidade de Sant’Anselmo que acontece entre os dias 4 e 5 de fevereiro. O tema deste ano é “Igreja e Música : Textos e Contextos”. O Santo Padre começa citando o livro do profeta Isaías: “Cante para o Senhor uma nova canção, elogiá-lo no fim da terra” (42:10). O Pontífice afirma que a Bíblia inspirou diversas expressões musicais. Dessa forma, a liturgia, concertos, escolas, catequeses e teatros podem buscar apoio na busca pelas músicas católicas. O Papa lamenta por todos aqueles músicos que precisaram interromper as atividades devido a pandemia do coronavírus. “Espero que esse aspecto da vida social também renasça, que voltemos a cantar e tocar e que gostemos de música e cantaremos juntos”, destaca o Santo Padre. O Pontífice cita Miguel Cervantes em Dom Quixote: “Onde há música, não pode haver nada de ruim”. Segundo o Papa Francisco, as composições, através da música, estimulam a consciência pessoal e também uma fraternidade universal.

Um bom músico sabe o valor do silêncio, o valor da pausa

Papa Francisco

O Pontífice afirma que um bom músico sabe o valor do silêncio. “A alternância entre som e silêncio é frutífera e permite ouvir, o que tem um papel fundamental em cada diálogo. Queridos músicos, o desafio comum é ouvir uns aos outros. Na liturgia somos convidados a ouvir a Palavra de Deus”. O Papa salienta que a Palavra é uma fonte de significado que ilumina a caminhada. Sendo assim, a música “pode ajudar textos bíblicos a ‘falar’ em contextos culturais novos e diferentes, para que a Palavra Divina possa efetivamente alcançar mentes e corações”. 

“O silêncio que vivemos está vazio ou estamos ouvindo? Está vazio ou estamos ouvindo? Vamos permitir que uma nova música surja mais tarde?”, questiona o Santo Padre. O Papa finaliza afirmando que as vozes, os instrumentos musicais e as composições continuam a expressar a harmonia da voz de Deus levando à fraternidade universal.