O último dia do 17º Congresso Nacional da Divina Misericórdia começou animado. E a quinta e última palestra foi conduzida pela Irmã Jacinta, da Congregação das Irmãs de Jesus Misericordioso – aquela cuja existência Jesus disse a Santa Faustina que desejava.
Irmã Jacinta é ucraniana e está em missão no Brasil há 5 anos trabalhando no Santuário da Divina Misericórdia. Sua palestra foi baseada na Encíclica do Papa João Paulo II, Rico em Misericórdia.
Acompanhe o resumo da palestra.
Deus é rico em Misericórdia
A encíclica Rico em Misericórdia que o Papa João Paulo II nos deixou é uma chave que abre para nós a porta da misericórdia, que é o coração de Deus. Essa encíclica tem inspirado e ensinado muitas pessoas sobre a Misericórdia Divina.
Deus quer que todos conheçam a Sua misericórdia – estamos no tempo da misericórdia. Nós não sabemos quando tudo isso acabará, só sabemos que um dia terá fim, mas nós temos a chave da misericórdia agora.
Jesus nomeou, sabemos bem, como secretária da misericórdia uma mulher muito simples: Faustina Kowalska – uma irmã com pouco estudo, que pouco sabia escrever. Deus sempre escolhe pessoas simples para falar Dele.
Santa Faustina é também uma chave que nos abre a mente sobre a Misericórdia Divina. Essa chave às vezes é você. Deus escolhe você para falar da misericórdia para alguém.
João Paulo II, quando escreveu sua encíclica, queria confirmar para nós que Deus é rico em misericórdia, e ele diz isso baseado nas Sagradas Escrituras. Deus se revelou como misericórdia na carta aos Efésios (Ef 2,4). Ele também se revelou misericórdia e amor para Santa Faustina.
A mensagem da Divina Misericórdia antes de ser aprovada pela Igreja passou por grandes problemas, grandes tribulações. Santa Faustina tinha consciência de que isso aconteceria, Deus revelou isso. Ela escreveu no seu Diário:
“Virá o tempo em que essa obra, que Deus tanto recomenda, será como que totalmente destruída — e, depois disso, a ação de Deus se manifestará com grande força, dando testemunho da verdade. Ela [essa obra] será um novo esplendor para a Igreja, embora há muito tempo nela já exista. Que Deus é infinitamente misericordioso, ninguém o poderá negar; mas Ele deseja que todos saibam disso” (Diário, 378).
Assim acontece também conosco em nossa caminha como divulgadores da misericórdia. Quantas dificuldades nós encontramos para divulgar a misericórdia, quantos sacrifícios fazemos? É difícil! O desânimo quer nos derrubar, mas nós não podemos desistir, não podemos desanimar porque Deus é rico em misericórdia.
A parábola do Filho Pródigo nos ensina muitas coisas, por isso João Paulo II utiliza-se dela para explicar sobre o amor misericordioso de Deus. Na parábola, quando o filho retorna à casa paterna, no encontro com seu pai ele não se sente humilhado, o pai não o humilhou, não o julgou, mas o acolheu. Assim também nós não podemos julgar e humilhar aqueles que erram. E aqueles que se afastaram de Deus, que se afastaram da Igreja, nós devemos ir buscá-los de novo para a Igreja. Isso faz parte do nosso apostolado de divulgadores da misericórdia. Devemos ajudar nossos irmãos a se levantarem, a regressarem para Deus, sem julgamentos.
O Papa João Paulo II escreveu sua encíclica em 1980, mas sua mensagem continua atual. Ele pede para nós proclamarmos a Misericórdia Divina para todos. Você sabe qual é a chave para isso? A chave é a confiança! Nos temos que confiar na Misericórdia Divina!