(Foto: Vatican News/Vatican Media)

O Papa Francisco fez a oração do Angelus, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, no último domingo (31). O Santo Padre falou sobre a passagem do Evangelho de Marcos. Em Mc 1, 21-28, na sinagoga de Cafarnaum, Jesus lia e comentava sobre as escrituras. Os que estavam presentes eram atraídos pela maneira como Jesus falava. “Na verdade, um homem na sinagoga se volta contra ele e o desafia como enviado de Deus; Ele reconhece o espírito maligno, ordena-lhe para sair desse homem, e assim o afasta”. O Pontífice reconhece duas características da ação de Jesus: a pregação e a cura. “O exorcismo é apresentado para confirmar sua singular ‘autoridade’ e ensino”. O Papa afirma que Jesus pregava com autoridade e conhecimento, não repetia somente tradições anteriores. “Ele é o profeta supremo”, destaca o Santo Padre.

Jesus não fala com autoridade humana, mas com autoridade divina, porque ele tem o poder de ser o profeta definitivo, ou seja, o Filho de Deus que nos salva, cura a todos nós

Papa Francisco

De acordo com o Papa, a cura mostra que a pregação de Jesus tem como objetivo derrotar o mal no homem e no mundo. “Além disso, a pregação de Jesus pertence a uma lógica oposta à do mundo e do mal: suas palavras acabam por ser a reviravolta de uma ordem errada das coisas”, salienta o Santo Padre. O Pontífice questiona se os fiéis ouvem as palavras de Jesus que são autoritárias. Ele indica levar um pequeno Evangelho no bolso para ler durante o dia. “A Virgem Maria sempre manteve em seu coração as palavras e gestos de Jesus, e o seguiu com total disponibilidade e fidelidade. Ajude-nos também a ouvi-lo e segui-lo, a experimentar em nossas vidas os sinais de sua salvação”, finaliza o Papa Francisco. 


O Papa recordou também que no dia 2 de fevereiro é a celebração da Apresentação de Jesus no Templo. “Quando Simeão e Ana, ambos anciãos, iluminados pelo Espírito Santo reconheceram o Messias em Jesus”, destaca o Santo Padre. O Pontífice afirma que o Espírito Santo desperta pensamentos e palavras de sabedoria nos idosos. “Eles nos lembram que a velhice é um dom e que os avós são o elo entre gerações, a fim de transmitir aos jovens experiências de vida e fé. Os avós são muitas vezes esquecidos e esquecemos essa riqueza de preservar raízes e transmitir”, segundo o Papa. Dessa forma, o Santo Padre estabeleceu que o Dia Mundial dos Avós e Idosos será realizado no quarto domingo de julho, perto do aniversário dos Santos Joaquim e Ana, os “avós” de Jesus.