Há 16 anos João Paulo II celebrava a canonização da Beata Maria Faustina Kowalska, em 30 de abril do ano 2000. Durante a celebração, olhando para o futuro da Igreja e da humanidade, o Papa João Paulo II afirmou: “a luz da misericórdia divina, que o Senhor quis como que entregar de novo ao mundo através do carisma da Irmã Faustina, iluminará o caminho dos homens do terceiro milênio”.

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João Paulo II dedicou-se a tarefa primordial de anunciar e incentivar os cristãos a confiar na ilimitada Misericórdia Divina. Nesta mesma data ele instituiu a Festa da Misericórdia, um momento muito aguardado por toda a Igreja e pelos devotos da Divina Misericórdia. A expectativa crescia na medida em que os fiéis em todo o mundo tomavam consciência do quanto o mundo tem necessidade da Misericórdia Divina. No Jubileu do ano 2000, João Paulo II solenemente proclamou que o primeiro domingo após a Páscoa “de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de Domingo da Divina Misericórdia” (30.04.2000).

Incluindo oficialmente a Festa da Misericórdia no calendário litúrgico, na mesma data em que canonizou Santa Faustina, João Paulo II nos recorda que nenhum cristão está isento do diálogo de acolhida e partilha da misericórdia: “Cristo ensinou-nos que o homem não só recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas é também chamado a ter misericórdia para com os demais. (…) A Sua mensagem de misericórdia continua a nos alcançar através do gesto de Suas mãos estendidas rumo ao homem que sofre. Foi assim que O viu e testemunhou aos homens de todos os continentes a Irmã Faustina (…) que fez da sua existência um cântico à misericórdia.(…) A canonização da Irmã Faustina tem uma importância particular: mediante este ato quero hoje transmitir esta mensagem ao novo milênio. Transmito-a a todos os homens para que aprendam a conhecer sempre melhor o verdadeiro rosto de Deus e o genuíno rosto dos irmãos”.

Em 1980 o Papa João Paulo II publicou a encíclica Dives in Misericordia (Deus, Rico em Misericórdia) dedicada exclusivamente à Divina Misericórdia. Nela, ele incentiva: “Em nenhum momento e em nenhum período da história – especialmente numa época tão crítica como a nossa – a Igreja pode esquecer a oração, que é o grito de apelo à Misericórdia de Deus perante as múltiplas formas de mal que pesam sobre a humanidade e a ameaçam…Quanto mais a consciência humana, sucumbindo à secularização, perder o sentido do significado próprio da palavra ‘misericórdia’ e quanto mais, afastando-se de Deus, se afastar do mistério da misericórdia, tanto mais a Igreja terá o direito e o dever de fazer apelo ao Deus da Misericórdia com grande clamor“ (DM 15).

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