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Mensagem recorda milhões de pessoas que estão fora do mercado laboral.

O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) apelou para construção de uma “sociedade justa, fraterna e sustentável”, onde haja “trabalho digno e justo para todos”, na mensagem para o 1.º de Maio deste ano.

“A maioria das pessoas nos países pobres trabalha sem qualquer tipo de regulamentação relativa ao dia laboral, à segurança no trabalho, à proteção social e à remuneração. Trabalho digno e justo para todos, sem importar a cor da pele, o sexo, a religião ou o país de origem da pessoa”, é uma das lutas do MMTC.

Na mensagem ‘Construamos uma sociedade justa, fraterna e sustentável’, enviada à Agência ECCLESIA, o MMTC recorda “o pouco progresso alcançado” em algumas partes do mundo desde 1889, data em que foi estabelecido o 1.º de Maio como Dia dos Trabalhadores.

Neste contexto, alerta para a “importância” de continuar a comprometer-se ativamente para “melhorar a situação” porque mesmo com “muitas declarações e reivindicações”, por exemplo, nas encíclicas sociais dos Papas, em publicações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a “exploração” e as condições de trabalho “similares à escravatura continuam a ser frequentes”.

O artigo destaca a realidade dos jovens na Europa onde as taxas de desemprego são elevadas e para conseguirem “um lugar” têm que aceitar, “com frequência, más condições de trabalho ou ir para outro país”.

“Escândalo maior é o facto de milhões de pessoas estarem fora do mercado laboral, pois apesar de realizarem grandes esforços, não conseguem encontrar um posto de trabalho”, observa a MMTC.

Situações concretas de exploração na Ásia, África e América Latina, são outras realidades que servem de denúncia contra a “ganância e o dinheiro” que contam “muito mais” que a “natureza e a dignidade das pessoas”.

“As multinacionais não têm o mais pequeno interesse nas pessoas, olham para elas como produtores ou como consumidores”, acrescenta o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos que cita o número 53 da Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’, do Papa Francisco.

“Deixemo-nos inspirar pelo Papa”, pedem os movimentos do MMTC que lutam para que “todos” sejam considerados com a sua “dignidade e a sua alma como criaturas de Deus”, “não só” como matéria disponível para “servir os ricos e poderosos”.

O MMTC foi criado em 1966 e reúne mais de 70 organizações espalhadas por quatro continentes.

A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Católicos (LOC/MTC) em Portugal é membro fundador do MMTC e, como tal, “identifica-se e associa-se” a esta mensagem.

 

fonte: Eclesia